Eles acreditam que os bens preciosos poderiam estar a caminho da mesa real em Estocolmo ou da residência do czar russo em São Petersburgo, quando o navio afundou em algum momento na segunda metade do século XIX, de acordo com o líder da equipe, Tomasz Stachura.
O grupo privado de mergulhadores Baltictech, que procura naufrágios no fundo do mar do Báltico, fez a descoberta em 11 de julho, enquanto verificava pontos de exploração a cerca de 37 quilômetros ao sul da ilha de Öland.
Eles estavam prontos para encerrar o dia, mas dois mergulhadores, Marek Cacaj e Pawel Truszynski, decidiram fazer um mergulho rápido e emergiram duas horas depois com a notícia dos destroços e de sua valiosa carga
“Mergulho há 40 anos e muitas vezes encontramos uma ou duas garrafas em um naufrágio, mas descobrir tanta carga é algo inédito para mim”, disse Stachura à The Associated Press esta semana.
A marca de água mineral Selters, que na época acreditava-se ter propriedades medicinais, estava impressa nas garrafas. A marca do champanhe ainda não foi determinada, mas a letra R pode ser vista em uma rolha, disse Stachura.
Ele disse acreditar que o conteúdo ainda está em boas condições: “Nessa profundidade, os destroços estão perfeitamente preservados, a temperatura é constante, não há correntes e está escuro”, disse Stachura. “Isso preserva os destroços de uma maneira maravilhosa.”
Os especialistas da Champagne e da Selters já entraram em contato com a Baltictech e estão interessados em fazer testes de laboratório no conteúdo das garrafas. Mas são as autoridades suecas que decidirão os próximos passos na exploração dos destroços, disse Stachura.
Mergulhadores da Baltictech já descobriram os destroços do SS Karlsruhe, o último navio a deixar Koenigsberg, na Alemanha, em 1945, como parte da evacuação de civis alemães na Segunda Guerra Mundial.