Mesmo depois da remediação do lixão, Rodeadouro necessita de infraestrutura

Da Redação

A ilha do Rodeadouro, a 12 km de distância do centro de Juazeiro, é uma das mais frequentadas da região, e com a recente tomada da Ilha do Fogo por parte do Exército, uma das únicas. Com praias de areias alvas e excelentes para banho e com uma razoável infraestrutura a ilha possui barracas onde os visitantes podem degustar dos mais variados pratos da região. Há também espaço para camping, onde as pessoas podem passar os fins de semana usufruindo as belezas naturais do local. Atualmente mais de 60 mil famílias vivem do trabalho e do comércio na Ilha.

Edvaldo dos Santos

A remediação do Lixão melhorou bastante a situação dos comerciantes e usuários da Ilha. “Estávamos vindo do Salitre, no último domingo, e a convite de um amigo paramos para usar o banheiro do lixão. Pude perceber que o local está ideal para fazer pequenique, agora lá é um ambiente urbanizado e agradável, aqui no Rodeadoro não tem mais fumaça, mal cheiro, mosca. Ninguém conseguia dormir e nem fazer refeições, até os clientes desprezavam uma refeição que solicitava porque não tinham condições de comer”, conta Edvaldo dos Santos, o popular Vadinho, antigo morador e barraqueiro.

Eudes Batista

Entretanto, a Ilha do Rodeadouro ainda enfrenta alguns problemas estruturais e, principalmente, por conta do usuário, que não preserva o local, como lembra Vadinho. “Existem algumas pessoas que não se preocupam com o meio ambiente e freqüentam esse lugar que é o nosso lazer e sustento para jogar lixo nas águas do rio e pela areia, isso é ruim para toda população”, lamenta.

Edízio Benevides

Eudes Batista, conhecido como Rachide, é barraqueiro e garçom há mais de 15 anos no local, e faz outras queixas. “No banheiro é feita limpeza todos os dias, mas existe um probleminha porque o zelador muitas vezes faz a limpeza no masculino e não no feminino. Além disso, nunca vi uma lâmpada nesse banheiro”, disse.

Vários frequentadores costumam deixar a ilha suja

Outro proprietário de barraca, Edízio dos Santos Benevides, na ilha há cinco anos reconhece algumas melhorias, mas acredita que muita coisa ainda precisa ser feita, a exemplo de limpeza diária, mais lixeiras, sacolas. “Aqui não tem poste e nem iluminação à noite”, conta.

Os usuários que freqüentam o Rodeadouro questionam os preços das barracas. “A gente deixa de vir porque aqui tudo é muito caro. Na margem do Rio e o peixe custa de 120 reais acima”, reclamou a comerciante Anita Barreiras.

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