Michelle Bolsonaro recebeu R$ 60 mil em depósitos fracionados em 2022, apontam documentos

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu pelo menos R$ 60 mil em depósitos fracionados em 2022, apontam documentos obtidos pela CPI dos Atos Golpistas. Ao todo, foram 45 transações feitas para a conta de Michelle. Os depósitos foram realizados com dinheiro vivo, em envelopes, o que dificulta a identificação da origem dos recursos. As informações são do blog da  Camila Bomfim.

A assessoria de Michelle Bolsonaro, que atualmente é presidente do PL Mulher, nega irregularidades. “Despesas da casa e as despesas pessoais dela e de suas filhas são todas pagas com os proventos do marido e, portanto, as transferências foram, não só necessárias, mas compatíveis com esses gastos”, afirma o documento.

Os comprovantes dos depósitos foram encontrados nos e-mails dos ajudantes de ordem do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles faziam as transferências, escaneavam os comprovantes e enviavam para os próprios e-mails funcionais. Oito desses e-mails estavam na pasta de mensagens excluídas.

Os comprovantes escaneados estavam nas caixas de Osmar Crivelatti, Cleiton Holzschuk e Adriano Teperino. Os três são militares que assessoraram Bolsonaro.

Em todos os casos em que os valores foram fracionados, os depósitos foram feitos com diferenças de minutos. Ou seja, ao invés de fazer um único depósito de R$ 7,7 mil, por exemplo, quem quer que tenha feito o depósito preferiu dividir o valor em oito depósitos de valores que variavam entre R$ 800 e R$ 900.

Em investigações anteriores, este modelo de depósitos foi tratado pela PF como indício de tentativa de burlar possíveis investigações e sinal de que o dinheiro pode ter origem irregular.

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