O Ministério Público de Pernambuco e o Ministério Público do Trabalho consideraram assédio moral as atitudes tomadas pelo governo do estado em relação a greve dos professores da rede estadual. Em audiência pública, nesta quinta-feira (23), os órgãos reuniram as denúncias dos professores e prometeram entrar em contato com o governo, a fim de organizar um encontro e tentar resolver o problema de maneira diplomática. Entretanto, deixaram claro que, caso o estado se recuse a conversar, o MPPE entrará com uma ação pública contra o órgão. “O ministério escolheu tentar conversar, mas juntou todos os elementos necessários para uma ação”, explicou Heleno Araújo.
Durante a reunião, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) expôs as angustias da categoria. “Alguns docentes de escolas de referência têm recebido ligações mandando que voltem ao serviço, sob ameaça de transferência”, afirma Heleno Araújo, ex-presidente do Sintepe e diretor de Assuntos Educacionais do sindicato.
Nenhum representante do governo do estado compareceu a reunião. A audiência foi organizada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humano, presidida por Edilson Silva, e contou com a presença do coordenador do Centro de Apoio Operacional do MPPE, Marco Aurélio, da deputada Teresa Leitão e da vereadora Marília Arraes, além da procuradora do Trabalho Melícia Carvalho Mesel, que representou o MPT, e de vários professores do Sintepe. “O plenário ficou lotado, não coube todo mundo. Quem ficou lá em baixo, fechou o trânsito em frente à Casa”, disse o diretor de Assuntos Educacionais do sindicato.
Greve
Ainda de acordo com o diretor de Assuntos Educacionais, o Sintepe marcou uma assembleia para discutir a greve, na próxima segunda-feira (27). Até a reunião, a categoria seguirá em greve.
Fonte: DP