Ministro dá 5 dias para Aeronáutica explicar uso eleitoral do 7 de Setembro por Bolsonaro

Benedito Gonçalves também determinou que o governo do Distrito Federal e o Ministério das Comunicações apresentem informações sobre as comemorações do Bicentenário da Independência

Benedito Gonçalves e Bolsonaro no desfile de 7 de setembro
Benedito Gonçalves e Bolsonaro no desfile de 7 de setembro (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE | Alan Santos/PR)

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, concedeu um prazo de cinco dias para que o comando da Aeronáutica, o governo do Distrito Federal e o Ministério das Comunicações apresentem informações e documentos relacionados ao cerimonial e formalidades da comemoração do Bicentenário da Independência, que ocorreu no ano passado em Brasília e no Rio de Janeiro. A informação é da coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

A corte investiga a utilização do evento por parte do então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), como palanque de campanha. Além disso, o gestor do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, ainda não encaminhou ao TSE um requerimento do Movimento Brasil Verde e Amarelo para a colocação de um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios que seria usado pelo então mandatário após o desfile militar que marca a data.

A defesa de Jair Bolsonaro havia solicitado que o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira prestasse depoimento ao TSE, na condição de testemunha, mas desistiram da estratégia pouco depois. O ministro Benedito Gonçalves ainda vai analisar o pedido para que Paulo Sérgio não seja mais ouvido pelo tribunal

A investigação faz parte das ações que apuram possíveis abusos de poder político e econômico, bem como uso indevido dos meios de comunicação durante as celebrações do 7 de Setembro. “As ações que investigam o desvio de finalidade nas comemorações do Bicentenário da Independência são movidas pela coligação de Lula, pela senadora Soraya Thronicke – que disputou a presidência da República em 2022 – e pelo PDT, autor da ação que levou à inelegibilidade de Bolsonaro em junho em outro processo, sobre uma reunião promovida pelo então chefe do Executivo para atacar o sistema eleitoral”, ressalta a reportagem. .

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