A missão no Rio de Janeiro vai se espalhar pelo Brasil

Depois do Rio de Janeiro, a missão militar será estendida para o resto do Brasil.

O plano de longo prazo do general Eduardo Villas-Bôas e do ministro Raul Jungmann foi detalhado por Merval Pereira, em O Globo.

Leia um trecho:

“A questão da segurança pública passou a ser de segurança nacional, já não é uma questão isolada de estados. Em todo o país há quadrilhas organizadas que se intercomunicam e dominam os presídios, com características muito semelhantes.

Um plano nacional de segurança é fundamental para fazer um combate organizado, com funções específicas para as Forças Armadas, como controle de entrada de armamentos e drogas. O plano de segurança integrado das Forças Armadas com as administrações estaduais, como o que está sendo planejado para o Rio de Janeiro, deverá ser nacional e levado a outros estados.

A atuação das Forças Armadas no Rio será feita com um programa mais estruturante, como já foi revelado aqui na coluna, envolvendo a reorganização dos esquemas de segurança pública como os que são responsáveis pelos presídios, a modernização e treinamento das polícias civil e militar, o aperfeiçoamento das corregedorias, para fiscalizar e punir os agentes públicos cooptados pelo crime organizado, e patrulhamento das fronteiras.

Narcotráfico e tráfico de armas são crimes federais, transnacionais. O objetivo é que um grande programa nacional seja implantado, com a reorganização das forças de seguranças estaduais, com o controle dos presídios pelas autoridades locais, uma Força Nacional de Segurança Pública permanente e bem treinada em ação, e as Forças Armadas atuando nas fronteiras de maneira eficiente para coibir o tráfico de armas e drogas como questão de segurança nacional (…).

A criação de um ministério de Segurança Pública dá a ideia de que o governo vai pensar nacionalmente a questão, além do caso específico do Rio de Janeiro, que é o estado com maior visibilidade. Mas há problemas seríssimos no Nordeste também e é preciso tirar do papel o plano de Segurança Nacional, criar mecanismos para que a intervenção no Rio – importante e necessária – dê frutos e outros estados sejam protegidos com planejamento a longo prazo.”

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