Como em uma cena de filme de terror, o corpo da professora foi encontrado desmembrado. Tronco, cabeça e membros superiores foram localizados por um caçador, já em estado de decomposição, em uma cova rasa na localidade conhecida como Jiribatuba, no município de Vera Cruz, nas imediações do quilômetro 23, BA-001.
O principal suspeito da morte da mulher, de 37 anos, é o ex-companheiro da vítima, com quem Ariane tinha um filho de 5 anos de idade. Cães farejadores do 23º Batalhão de Polícia Militar revelaram indícios de que o acusado esteve no local onde os restos mortais foram encontrados.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), em posse de imagens de câmera de segurança, os investigadores refizeram os passos da professora, que um dia após o desaparecimento ligou para um parente relatando que estava sendo mantida em cárcere privado pelo suspeito, em um sítio da região.
De acordo com familiares, a relação dos dois era baseada em agressões e medo. Foi informado, que em depoimento, o acusado entrou em contradições, o que levou a polícia aos objetos que podem ter sido usados na execução do crime. Entre os materiais estavam um revólver municiado, um projétil e uma motosserra que pode ter sido usada para esquartejar a vítima.
O material está sendo submetido à perícia que deve confirmar a denúncia. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária do acusado, que foi atendida pela Justiça.
O Ministério apresentou a denúncia contra o acusado pelos crimes de feminicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo e cárcere de privado. O homem também responde pelo estupro de uma adolescente em Camamu.