Moraes abre novos inquéritos para investigar participações em atos extremistas

Pedidos visam identificar os financiadores, os executores e os autores intelectuais dos atos de vandalismo em 8 de janeiro

Hellen Leite, do R7

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, em visita ao prédio após ataques

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, em visita ao prédio após ataques

ROSINEI COUTINHO/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a abertura de mais três inquéritos para apurar a participação de envolvidos nos atos extremistas do dia 8 de janeiro. A decisão atende a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os pedidos têm o objetivo de identificar os financiadores, os executores e os autores intelectuais da invasão e depredação dos prédios dos três Poderes.

O ministro já havia determinado a abertura de inquérito sobre os ataques, no entanto, voltado apenas para as condutas de omissão ou conivência de autoridades. Na ocasião, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo, e o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, preso.

Após os ataques, mais de 1,4 mil pessoas foram detidas por envolvimento nos atos de vandalismo. Destas, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva e outras 464 conseguiram liberdade provisória, por meio de medidas cautelares, e vão poder responder ao processo em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica.

Danos milionários

Os danos causados ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF chegam a R$ 18,5 milhões, segundo estimativas apresentadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) em pedido para bloquear a quantia de quem financiou os atos de vandalismo. A solicitação foi feita nesta quinta-feira (19) à Justiça Federal no Distrito Federal.

Confira os prejuízos calculados:

• Palácio do Planalto: R$ 7.978.773,07
• Câmara dos Deputados: R$ 1.102.058,18
• Senado: R$ 3.500.000,00
• Supremo Tribunal Federal: R$ 5.923.000,00
– TOTAL: R$ 18.503.831,25

Alguns danos, como os causados a obras de arte e a presentes de chefes de Estado, são inestimáveis.

 

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