Moraes investe novamente contra imprensa e ANJ reage

STF decidiu que um veículo de comunicação pode ser responsabilizado por injúrias, difamações ou calúnias proferidas por um entrevistado

Da Carta Capital – O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que um veículo de comunicação pode ser responsabilizado por injúrias, difamações ou calúnias proferidas por um entrevistado. Diante disso, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiu uma nota crítica e disse que a a posição do STF pode aumentar a “autocensura”.

No caso concreto, a corte condenou o Diário de Pernambuco após um entrevistado imputar crimes contra outra pessoa.

Prevaleceu no STF o voto do ministro Alexandre de Moraes, o Xandão, que defendeu fixar a tese de que a liberdade de imprensa deve ser consagrada a partir de um binômio: “liberdade com responsabilidade”.

Segundo Moraes, não se trata de censura prévia, mas da “possibilidade posterior de análise e responsabilização por informações comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas, e em relação a eventuais danos materiais e morais”.

Em nota a Carta Capital, o presidente-executivo da ANJ, Marcelo Rech, declarou que a posição do STF compromete a liberdade de imprensa, direito previsto no artigo 5º da Constituição Federal.

Ao contrário do que disse a então presidente do STF,  a ministra Carmem Lúcia, em 2016, parece que o “cala a boca” não morreu.

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