‘Mortadelas’ confessos
Os cerca de 2.500 manifestantes ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) que fizeram protesto em frente aos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário nesta quinta-feira (16) podem ter contado com uma ajuda extra e motivação adicional para comparecerem. Alguns manifestantes revelaram que foram protestar porque receberam garantia de almoço no evento. Sem isso, não iriam.
O ingresso para ter almoço grátis foi uma pulseira roxa – que todos os manifestantes tinham no pulso. A reportagem do Diário do Poderacompanhou um grupo que saiu da Asa Sul para ir a Esplanada dos Ministérios. Durante o trajeto, uma jovem dsse que nem sabia do que se tratava a manifestação, mas estava indo pelo almoço. A mãe dela, com um boné da Contag, concordou.
O grupo esperou por alguns minutos na parada de ônibus, mas como o coletivo demorava passar por causa do horário (10h15), tentaram pegar um táxi. Sem sucesso. Foram de ônibus mesmo e durante o trajeto de cerca de apenas cinco minutos conversaram sobre a negociação e revelaram que não poderiam perder a pulseira porque senão “ficariam sem comida”. (foto à esquerda)
Chegando lá, manifestaram, usaram faixas e gritaram palavras de ordem como “Fora, Temer”. Na hora do almoço todos fizeram fila e só podia comer quem tinha a tal pulseira roxa.
Reformas
A Contag protestou contra a reforma da Previdência e cobrou a definição de política habitacional no campo e reforma agrária. Segundo a Polícia Militar, uma faixa do Eixo Monumental ficou interditada por causa da manifestação.
Os manifestantes também criticaram a extinção da pasta da Previdência Social, que foi anexado à pasta da Fazenda. Eles portavam cartazes e bandeiras afirmando que o fim das pastas foi “retrocesso”. Além disso, usavam bonés da Contag.
Os servidores tiveram a entrada barrada e houve quebra de vidraças por parte dos manifestantes.