O homem, identificado pelo sobrinho como Roberto Vieira Barreto, teria caído do 6º andar, durante o procedimento de manutenção do equipamento.
Segundo o relato de Antero Ferreira, sobrinho da vítima, Roberto estava no sexto andar supervisionando a manutenção, enquanto um colega estava no segundo andar, onde o elevador estava parado.
“Ele estava orientando o colega quando caiu. Quando encontrou a chave do meu tio dentro do elevador, ele percebeu que algo estava errado. O colega chamou por ele, mas ele não respondeu. Quando ele foi ao terceiro andar, para ver, o corpo estava sobre o equipamento”, contou Antero.
O que dizem sobre o acidente no HR
O Hospital da Restauração informou que prestou atendimento imediato ao trabalhador, mas ele não resistiu aos ferimentos.
Em nota, o HR lamentou o acidente e disse estar colaborando com as investigações para apurar as causas da tragédia. “Estamos prestando toda a assistência à família”, afirmou a instituição.
A Dibasa Elevadores, empresa contratada para prestar o serviço no HR, da qual Roberto fazia parte, também se pronunciou; expressando condolências e afirmando que o trabalhador era autônomo.
“Estamos acompanhando e aguardando a apuração dos fatos para fornecer os devidos esclarecimentos”, declarou a empresa.
Antero criticou a falta de responsabilidade do hospital em relação ao equipamento e às condições de segurança.
“O hospital disse que ele não estava usando os EPIs adequados, e que não tem nada a ver com isso, mas quem deveria fiscalizar o uso dos EPIs é o hospital, já que ele estava prestando um serviço para eles”, afirmou.
Ele também destacou que o elevador já apresentava problemas e que Roberto, apesar de serralheiro, tinha mais de 12 anos de experiência no ramo.
Roberto deixa esposa, que trabalha na área de trauma do HR, e filhos.
“A gente, que é pai de família, sai pra selva todo dia. Eles tinham combinado de almoçar juntos hoje”, lamentou Antero, que aguarda a liberação do corpo.
A Polícia Científica, um dos braços da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), esteve no local e realizou perícia para esclarecer as circunstâncias do acidente. No entanto, não falou com a imprensa.
Polícia investiga morte no HR
Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) informou que o resultado dos exames periciais têm prazo de até 30 dias para conclusão, podendo ser prorrogado, e serão entregues à autoridade policial responsável pela investigação.
A ocorrência foi registrada através da Delegacia da 4ª Circunscrição – Espinheiro. “As investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação dos fatos”, informou a SDS.