Mortes pelo calor extremo podem aumentar em quase 5 vezes até 2050, diz estudo

Um relatório feito por mais de 100 especialistas de instituições de pesquisas e agências da ONU alerta que as mortes relacionadas ao calor extremo podem quase quintuplicar nas próximas décadas. Em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050.

Além disso, ondas de calor mais frequentes podem levar a uma maior insegurança alimentar e propagação de doenças transmitidas por mosquitos. Segundo as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história.

O secretário-geral da ONU enfatizou que a humanidade enfrenta um futuro intolerável com os impactos das mudanças climáticas.

Novo alerta do Inmet amplia cobertura da onda de calor. — Foto: Inmet
Novo alerta do Inmet amplia cobertura da onda de calor. — Foto: Inmet

Riscos das temperaturas extremas

O calor excessivo pode ser prejudicial à saúde, causando desidratação, tontura, náuseas, confusão mental, convulsões e até a morte, especialmente em idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

Em 2019, 356 mil mortes foram atribuídas ao calor extremo em todo o mundo. Dados da ONU mostram que entre 2000 e 2019, o calor causou cerca de 489 mil mortes por ano, sendo 45% na Ásia e 36% na Europa.

Nos Estados Unidos, o calor extremo é mais mortal do que furacões, tornados e enchentes combinados, causando mais vítimas na maioria dos anos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *