Movimento ‘Argemiro Acordou’ reivindica melhorias para bairro e aguarda presença do Prefeito Isaac

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Ruas e avenidas interditadas
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Adeilma Fonseca
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Transporte coletivo sendo desviado
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Cristiano Hérick
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Posto de saúde abandonado
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Banco para pacientes
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Instalação do posto de saúde
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Moradores abandonando suas casas
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Máquina retirando asfalto
Da Redação
Esgoto a céu aberto, lixos espalhados, ruas sem calçamento, posto de saúde sem infraestrutura e com o quadro de profissionais reduzido, importantes avenidas completamente destruídas, obras públicas inacabadas, é esse o retrato do bairro Argemiro em Juazeiro, Bahia.

Cansados de tanto descaso e das inúmeras promessas dos gestores públicos, os moradores junto com as associações decidiram fazer uma mobilização e chamar a atenção das autoridades e reivindicar as melhorias para a comunidade, surgindo o Movimento ‘Argemiro Acordou’.

O Movimento nasceu justamente num momento de protestos que tomou conta de todo o país, e os moradores do bairro resolveram cobrar os ‘cinco anos de promessas’ feitas pela gestão municipal.

De acordo com Cristiano Hérick, coordenador do Movimento, os moradores fizeram um café da manhã e decidiram fechar a Avenida Girassol para chamar a atenção do Prefeito da cidade, Isaac Carvalho (PCdoB) e mostrar o descaso com o bairro. “Estamos comemorando cinco anos de promessas do poder público em que pelo menos era pra recuperar a Avenida Girassol e não recuperou, quando foi na campanha pra reeleição do atual prefeito, a avenida foi objeto de campanha da prefeitura, onde se colocou aqui máquinas e pessoal trabalhando, destruiu o pouco asfalto que a gente tinha. Convidamos todos da Prefeitura para participar e ninguém compareceu. Temos o sentimento que os moradores do Argemiro não existem”, lamentou.

A Avenida Girassol, assim como as ruas do bairro, não tem condições nenhuma em ser trafegada, os carros e ônibus tem dificuldade de entrar no bairro e precisam procurar outra via de acesso, causando transtornos para os moradores. As obras são inacabadas ou se quer começaram, como a Praça da Juventude que foi anunciada sua construção em 2009, mas nunca saiu do papel, o local é hoje um grande terreno baldio sem iluminação e apresenta insegurança para os moradores por causa de constantes assaltos na área.

Se já não bastasse, outro problema é a precariedade do posto de saúde do bairro, a instalação elétrica apresenta risco e o posto aparenta abandono, pois estão com as janelas quebradas e sem infraestrutura. Quando nossa equipe de reportagem esteve no bairro, no sábado, constatou as luzes e o ar condicionado ligado sem ninguém no prédio.  O bairro não tem saneamento e as fossas estão abertas e o esgoto é lançado no meio da rua. “Saúde não tem, até o dentista é de outro bairro e atende sete bairros, medicamento é difícil de encontrar, o pai de família que trabalha durante o dia tem dificuldade de se consultar aqui”, contou o morador Fábio Joaquim.

O coordenador garante que o movimento não é político, e sim em prol de melhorias para o bairro. “Os moradores estão cansados de tanto descaso. O secretário Eduardo Lopes vai a imprensa e diz que nosso movimento é político, é só ele vir ao nosso bairro e consultar cada morador. Vá de casa em casa e consulte pra saber quem é o político que está no nosso grupo, somos vários coordenadores e sequer tem um filiado a partido, a única política que estamos fazendo é a do desenvolvimento, para que chegue algum benefício para o Argemiro. Queremos ajudar o prefeito e não atrapalhar, queremos o benefício do bairro”, garantiu Cristiano.

Adeilma Fonseca, também coordenadora do Movimento, assim como todos os moradores do Argemiro, aguarda uma audiência com o prefeito, pois já teve um contato breve com uma funcionária da prefeitura que garantiu que o Prefeito vai comparecer ao bairro para conversar com membros do movimento. “Acho que ele não atende a gente porque não quer, se o dinheiro para as obras como da avenida Girassol e da avenida Conceição veio do governo federal, não faz a obra porque não quer”, disse.

A reportagem tentou contato com as secretarias de saúde e de serviços públicos e não conseguiu.

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