MP aponta caixa dois e abuso de poder econômico em processo que deve cassar Sergio Moro
Julgamento foi antecipado para a próxima quinta-feira
O Ministério Público (MP) destaca o abuso de poder econômico no processo que visa cassar o mandato do ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) alterou a data do julgamento das duas ações para o dia 8, uma quinta-feira.
As acusações, movidas pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV, apontam para possíveis irregularidades cometidas por Moro durante sua campanha para o Senado.
O MP argumenta que Moro se beneficiou de recursos e exposição em dois partidos e em diferentes candidaturas, o que lhe teria conferido vantagem indevida sobre os demais concorrentes. Entre as alegações, estão gastos não contabilizados, como a cerimônia de filiação do político ao Podemos, que deveriam ser considerados investimentos na pré-campanha, aponta reportagem do Conjur.
Além disso, o relatório do caso detalha possíveis envolvimentos em caixa dois, incluindo a contratação de um escritório de advocacia pertencente a Luis Felipe Cunha, primeiro suplente de Moro, no valor de R$ 1 milhão, pago pelo União Brasil.
Inicialmente, Moro planejava concorrer à Presidência pelo Podemos, mas acabou lançando-se como candidato a deputado federal por São Paulo e, por fim, concorreu ao cargo de senador pelo Paraná.