Denúncias de erros nas provas, atrasos na divulgação dos resultados, falhas na correção das redações, fraudes e descumprimento da legislação teriam motivado a investigação do concurso, que foi autorizado pelo ex-prefeito Colbert Martins Filho (MDB).
De acordo com o MP, as apurações são de supostas irregularidades apontadas no certame, que teve 52.433 inscritos com 567 vagas oferecidas para cargos de níveis médio, técnico e superior. O concurso foi organizado pelo banca IBFC e deveria contemplar políticas de ações afirmativas, porém existem denúncias de que candidatos cotistas teriam sido preteridos.
Na última quarta-feira 8), manifestantes estiveram na Secretaria de Educação local para reivindicações. Uma comissão de 24 participantes anunciou que, embora o edital preveja a correção de 390 redações, apenas 247 foram comprovadas, todas pertencentes a ampla concorrência.
REDA
Os participantes alegaram ainda que a prefeitura dava prioridade às contratações via Reda (Regime Especial de Direito Administrativo) em detrimento da convocação de aprovados no concurso. O vice-prefeito e secretário de Educação, Pablo Roberto, chegou a anunciar a contratação de 600 professores, que teria tido 300 aprovados.
As falhas na execução e na transparência do concurso público geraram indignação, sobretudo entre candidatos que, ainda atingindo altas taxas, não foram convocados.
A Prefeitura de Feira de Santana não se manifestou oficialmente sobre a abertura do inquérito civil. O Ministério Público deve intimar representantes da administração municipal e da banca organizadora IBFC para esclarecimentos.