MPPE denuncia ex-secretária do Cabo com base em decisão do TCE

Com base em investigação do TCE, que encontrou irregularidades num Pregão Presencial da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho (gestão do ex-prefeito José Ivaldo Gomes), o Ministério Público Estadual ajuizou uma ação criminal contra a então secretária de Educação, Gilvaneide Severina Fialho de Moraes.

O Pregão teve como objeto a aquisição de coleções de livros à Editora Carthago no valor de R$ 35.164,530,00. Foram adquiridas 23.490 coleções com o título “A criança na escola e na sala de aula” para serem distribuídas com os alunos da rede municipal. Cada coleção custou aos cofres da prefeitura R$ 1.497,00.

AUDITORIA – A partir da análise do processo de edital, auditores do TCE encontraram diversas irregularidades no Pregão, que deram um prejuízo ao erário no valor de R$ 3.715.416,00. A mais grave delas foi o número de coleções adquiridas, muito superior às necessidades da rede municipal.

De acordo com o voto do conselheiro relator, Marcos Loreto, no processo TC 1202665-7, o relatório de auditoria constatou que apenas 24,2% das escolas públicas possuem bibliotecas, não havendo necessidade da compra de tantos livros para a formação de bibliotecas individuais. “O incentivo deveria ser no sentido de trazer o estudante para permanecer mais tempo na biblioteca, desfrutando do prazer da leitura no ambiente escolar”, acrescenta o voto do conselheiro.

Além disso, alegam os auditores do TCE, não houve qualquer justificativa por parte da secretária para adquirir a coleção à Editora Carthago.

“Sendo assim”, diz a denúncia do MPPE, assinada pelos promotores Alice de Oliveira Moraes e Aída Acioli Lins de Arruda, “verifica-se que a denunciada praticou atos de improbidade administrativa, causando um prejuízo ao município no valor de R$ 3.715,416,00”. A denúncia foi ajuizada na 2ª Vara Criminal do Município.

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