O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou o arquivamento do inquérito responsável pela investigação da morte de Darik Sampaio da Silva, de 13 anos, que aconteceu no dia 16 de março deste ano.
O adolescente era jogador da equipe sub-14 de futsal do Sport e foi vítima de balas perdidas enquanto estava na calçada da casa de uma amiga na rua Arcelina Câmara, no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife.
Os disparos ocorreram durante uma perseguição de policiais militares contra suspeitos de roubar um carro.
A decisão do MPPE, assinada pelo promotor Ademilton Carvalho Leitão, aponta que “apesar de os indícios sugerirem que os disparos fatais podem ter sido efetuados por policiais militares envolvidos na ação, não se pode determinar com precisão qual agente foi o responsável direto”.
O inquérito destacou que foram encontrados nove projéteis compatíveis com calibre .40, utilizado pelas armas dos policiais militares, no interior do veículo que estava sendo perseguido e no local do crime.
Dentro do carro roubado, foram encontradas duas armas com os indivíduos que estavam sendo perseguidos. Uma espingarda calibre 12 e um revólver calibre 38. A investigação não observou nenhum projétil desses calibres no local.
“A análise da perícia complementar e os depoimentos não apontam a existência de um confronto direto entre policiais e suspeitos no momento em que ocorreram os disparos fatais”, diz um trecho do inquérito.
O que diz a defesa da família
Procurado pela reportagem da Folha de Pernambuco, Walter Reis, advogado que representa a família de Darik Sampaio, afirmou que vai solicitar “uma revisão da decisão do Ministério Público quanto ao arquivamento, sendo que a análise ficará a cargo do Procurador-Geral”.
O que diz a Polícia Civil
A Polícia Civil de Pernambuco informou que o inquérito policial referente ao caso do adolescente Darik Sampaio da Silva foi concluído pela 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios/DHPP e remetido ao Ministério Público de Pernambuco. “Sobre a decisão do Ministério Público de Pernambuco, a PCPE informa que não se pronuncia sobre decisões de outras esferas de poder”.