Mudamos o Estado, ou ele nos assassina
Por Jorge Serrão
O Brasil tem de mudar e redefinir seu modelo de Estado, eliminando o regramento excessivo e o abuso de poder de intervenção, viabilizando uma liberdade democrática de verdade. Eis o fundamento da Intervenção Cívica Constitucional. Este é o único jeito de o País se tornar desenvolvido e líder da humanidade – aquela “Nova Roma” a que Darcy Ribeiro faz referência em seu livro “O Povo Brasileiro”. Fazer meras reformas no modelo em vigor pouquíssimo ou nada adianta em termos políticos e econômicos.
O debate ainda não acontece da forma desejável e necessária. Por enquanto, fica restrito às redes sociais e a algums grupos de estudos ainda sem hegemonia. Os tradicionais círculos políticos e econômicos continuam prisioneiros de velhas ideias e falidas concepções de um passado que repete os mesmos erros. A maioria da população, no entanto, exige mudanças, porque a crise sai do controle. Embora a massa não tenha clareza sobre o que precisa mudar essencialmente, a crescente pressão por transformações já desencadeia o processo – que é irreversível.
A Revolução Brasileira está em andamento. Queiram ou não queiram os poderosos de plantão. O presente debate sobre combate à corrupção ainda está na fase do jardim de infância. Quando chegar ao nível médio e superior, ficará evidente que a única solução possível é reinventar o sistema que estrutura o Brasil. A intervenção constitucional é urgente. O País tem de debater exaustivamente e repactuar um novo desenho do Estado.
Empresários e trabalhadores tem o dever de se rebelar imediadamente. É pura senvergonhice aceitar que Henrique Meirelles anuncie, impunemente, que pode aumentar a Cide, PIS/Cofins e o IOF para compensar os gigantescos rombos de R$ 170,5 bilhões para 2016 e R$ 139 bilhões previstos para 2017. O sistema atual só sabe aumentar impostos, sem devolver a contrapartida à sociedade. O modelo é falido e corrupto. Aceitá-lo é fazer papel de canalha ou idiota.
Ou aceleramos tal processo de mudança efetiva, ou vamos ser engolidos pelo leviano leviatã que só sabe tomar cada vez mais recursos da sociedade, para financiar sua ineficiência, gastança e roubalheira.
Enquanto isso, seguimos em ritmo de Olim-piada. A politicagem segue cuidando da própria sobrevivência, torcendo para que não acabe detonada pela Lava Jato… Michel Temer tem rezar muito, porque o prazo de validade dele está vencendo…