Muhammad Ali, a lenda do boxe, morre nos EUA aos 74 anos

Muhammad Ali posa para os fotógrafos no Encontro Mundial Econômico de Davos, em 2006
Muhammad Ali posa para os fotógrafos no Encontro Mundial Econômico de Davos, em 2006

Muhammad Ali, um dos maiores lutadores de boxe de todos os tempos, morreu na manhã deste sábado nos Estados Unidos (madrugada no Brasil), aos 74 anos. O ex-campeão mundial dos pesos-pesados, que nunca sofreu um nocaute na carreira e conviveu por décadas com o Mal de Parkinson, acabou derrotado pela paralisia.

A lenda do boxe mundial teve 57 vitórias, 37 delas por nocaute, e 5 derrotas. Nascido em Louisville, no Kentucky, e batizado como Cassius Clay, ele iniciou no boxe com apenas 12 anos, em 1954. Aos 18 anos conquistou a medalha de ouro na Olimpíada. Na volta aos EUA, um episódio marcante impulsionou sua batalha pelos direitos dos negros e igualdade racial, ao ter seu pedido recusado num restaurante, o que o levou a jogar fora sua medalha. Já como profissional, Cassius enfrentou Sonny Liston em 1964, vencendo no sétimo assalto, em Miami, e se tornando campeão mundial dos pesos-pesados. Pouco depois disso, anunciou ter se convertido à religião islâmica, mudando o seu nome definitivamente para Muhammad Ali.

Ali revelou que sofria do Mal de Parkinson em 1984, e usou sua fama para ajudar nas pesquisas para buscar uma cura para a doença, inclusive fazendo tratamento com células tronco. Mesmo doente, rodou o mundo, teve encontros com líderes políticos, fez ações beneficentes e levou sua mensagem de paz e igualdade.

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