Na prorrogação, o Fluminense se torna campeão inédito da Libertadores

Clube carioca garantiu a glória eterna ao vencer o Boca Juniors por 2×1

Por: Beatriz Amorim

German Cano comemora gol na final da Libertadores
German Cano comemora gol na final da Libertadores – 

O Fluminense se tornou campeão da Conmebol Libertadores ao vencer o Boca Juniors por um placar de 2×1, no Maracanã, na tarde deste sábado, 4. O clube carioca abriu o placar no primeiro tempo com German Cano, mas tomou o empate em um gol de fora da área do peruano Advincula, que representava o clube argentino. Desta forma, o confronto precisou ser decidido na prorrogação, com um gol de primeira do atacante John Keneddy, dando a primeira “Glória eterna” ao clube tricolor.

Os torcedores cariocas se recuperam de um trauma sofrido no ano de 2008, quando foi derrotado na final para o LDU Quito, do Equador, também no Maracanã. Os tricolores perderam por 3-1 nos pênaltis a sua primeira final da história do torneio após empatarem os saldo de gols na final por 5-5, o maior saldo de finais desde que o torneio existe.

Para alcançar a tão sonhada Glória eterna, o Fluminense classificou em primeiro no grupo D, ainda na fase inicial da competição. Já no mata-mata, o tricolor não soube o que é derrotas, conquistando cinco vitórias e dois empates, com uma soma de 14 gols feitos e seis tomados.

O Jogo: 

O confronto iniciou com vantagem na posse de bola para o Fluminense, que conseguia trocar passes e chegar ao setor ofensivo, porém sem grandes chances de gols. O Boca Juniors, por outro lado, estava apostando nos contra-ataques, já que não possuía a bola, mas assim como o seu adversário, não gerou perigo ou gol tricolor. Até os 20 minutos de jogo, ambos os times só conseguiram finalizar à meta uma vez, nós dois lances os goleiros defenderam a bola sem dificuldade.

O primeiro tempo seguiu favorável para a equipe carioca, que apostava no avanço pela lateral direita no cano. Em um desses lances, o ponta direita Arias realizou uma ótima tabela com Mateus Xavier, que achou o artilheiro German Cano livre dentro da grande área. O camisa 14 finalizou ao canto esquerdo do goleiro argentino e deixou o tricolor carioca à frente no placar.

Após o gol, o Fluminense conseguiu manter o ritmo e administrar a vitória momentânea, enquanto o Boca se preocupou com o setor ofensivo ao não conseguir ficar com a bola no pé.

Na volta das equipes para o segundo tempo, o Fluminense logo recebeu a má notícia da contusão do zagueiro Felipe Melo, que foi substituído pelo companheiro de mesma posição, Marlon. Os argentinos, em contrapartida, voltaram do intervalo com mais fome, precisando buscar o resultado. Desta forma, os xeinezes aumentaram a posse de bola e criaram mais oportunidades, gerando perigo na defesa do Flu.

Seguindo o bom momento, o Boca Juniors, que não parava de se aproximar do empate, teve em Advíncula a chance de voltar a sonhar com o título. Aos 27 minutos da segunda etapa, Medina abriu para o lateral direito, que puxou para o meio e finalizou de fora da área ao gol, sem chances para o goleiro Fábio, da equipe tricolor.

No restante do segundo tempo, o Fluminense se preocupou em marcar o ataque do Boca, que chegou novamente aos 44, levando os torcedores cariocas presentes no Maracanã à loucura, quando Merentiel finalizou para fora,  tirando tinta da trave defendida pelos tricolores. Sem gols mais gols, a partida seguiu para a prorrogação, com mais 30 minutos do confronto.

Nos minutos adicionais, John Kennedy, que entrou ao fim do segundo tempo, recebeu um lancemos de cabeça e finalizou de primeira ao canto direito do gol, sem chances para o goleiro Romero, colocando o Fluminense em vantagem novamente. A primeira etapa encerrou sem mais susto para as duas equipes.

Aos últimos 15 minutos de final, o Boca demonstrou nervosismo ao buscar o resultado e não estava conseguindo criar boas chances de gols. O tricolor, por outro lado, teve a oportunidade de “fechar o caixão” com Guga, que de um contra-ataque feito por Arias, o lateral recebeu na direita e finalizou cruzado na trave, que voltou e foi defendida pelo goleiro argentino Romero. A sequência do confronto seguiu sem gols, dando o primeiro título da Libertadores ao Fluminense.

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