Náutico passa vergonha novamente
Quanto mais se aproxima do final do Campeonato Brasileiro, maior fica o vexame do Náutico. O masoquismo alvirrubro parece não ter fim, como pôde ser comprovado na derrota por 3×0, para a Portuguesa, no Canindé. Moisés, Gilberto e Bruno Henrique foram os autores dos gols que abalaram ainda mais o já combalido astral do Timbu, lanterna, com folga, da Série A e que somou apenas nove pontos.
Nem adianta mais ousar. Sem nada a perder no Campeonato Brasileiro, o Náutico resolveu ir para cima da Lusa. Jogar como franco-atirador, até porque o time não tem muitas ambições. Mas não demorou muito para o plano ir por água abaixo. O difícil é encontrar tarefa mais fácil do que fazer gol no Náutico nesta Série A.
Prova disso foi a jogada que culminou no primeiro gol da Portuguesa. Com toda a tranquilidade do mundo, Souza encontrou Bryan na direita, que cruzou na área. Moisés, livre, cabeceou. Placar aberto aos sete minutos de bola rolando.
A pressão dos mandantes não cessou. Gilberto acertou o travessão. Em seguida, Jean Rolt impediu o pior, salvando um gol com uma bicicleta e depois com o joelho. Era apenas uma maneira de adiar o inevitável. Gilberto, percebendo a escancarada fragilidade do adversário, arriscou uma bomba da intermediária. Gideão até pulou na bola, mas o 2×0 foi selado.
Parecia difícil ficar pior. Mas o atual time do Náutico desafia os limites do improvável no quesito vexame. Em um contra-ataque, Gilberto partiu com caminho aberto em direção ao gol. Jean Rolt impediu com falta no atacante. Na cobrança, Bruno Henrique comprovou que o momento alvirrubro é, de fato, drástico. Com uma bomba, no ângulo, o volante ampliou para 3×0, aos quarenta minutos de jogo.
Para alívio da equipe vermelha e branca, o primeiro tempo acabou ‘só’ com três gols de vantagem para a Portuguesa. Afinal, devido ao volume de jogo da Lusa, o Náutico tinha saído no lucro. Essa impressão ficaria ainda mais nítida no segundo tempo, tamanha a superioridade da equipe paulista.
Na segunda etapa, a Portuguesa chegou muito mais perto de fazer o quarto, ou até mais gols, do que a equipe alvirrubra. Os donos da casa chegaram a perder um gol incrível. Em cruzamento de Souza, Gideão desviou mal e a bola ficou limpa para Bergson. Com a barra aberta, o jogador conseguiu a proeza de mandar para fora.
O restante do segundo tempo seguiu na mesma toada. Pressão dos mandantes e sufoco dos visitantes, que tentavam evitar uma goleada histórica. Esse objetivo foi alcançado, mas nem por isso o Timbu deixou de dar (mais um) vexame. (FolhaPE)