Nem os mortos são tratados com respeito pela administração Miguel Coelho, em Petrolina

Da Redação do AP

Nem os mortos e seus parentes na cidade de Petrolina são tratados com respeito e sossego pela administração do prefeito Miguel Coelho. O fato se dar devido as promessas para a melhoria na ampliação de cemitérios que estão lotados na cidade a exemplo do bairro João de Deus. Segundo o presidente da Associação de Moradores, Luiz Carlos Enfermeiro, o  problema se arrasta desde a administração do então prefeito Fernando Bezerra Coelho (MDB).

O cemitério sempre passou por momentos complicados a exemplo do desabamento do muro – Foto: Francisco Evangelista

A situação se complicou quando duas jovem que morreram de acidente no último final de semana foram enterradas na mesma cova. Indignados com a situação, moradores estão sendo obrigados a procurarem outros lugares distantes para enterrarem seus entes a exemplo de Lagoa Grande e áreas irrigadas da cidade. “É triste e lamentável esta situação porque não é de agora a superlotação. Recentemente três pessoas que moravam aqui na comunidade tiveram que serem enterradas em outros lugares como no Campo da Paz, na área irrigada próximo do Maria Tereza e Lagoa Grande devido a falta de espaço”, desabafou o líder comunitário Carlos Enfermeiro.

Ele afirmou ainda que está cansado de ouvir a mesma ladainha apresentada pela administração do prefeito Miguel Coelho. “O engodo que passa para a comunidade é que está em licitação, e que licitação é esta que  nunca chega, que nunca acaba que é de gestão repassando para outra gestão e nunca esta obra sai. Ontem, duas moças foram enterradas na mesma cova, um caixão em cima do outro”, desabafou Carlos indignado.

 Ele ainda cobrou uma atitude dos políticos da terra que só sabem procurar as pessoas em época de eleição e depois desaparecem. “A força política daqui de Petrolina é muito forte onde temos senador, deputados federal e estadual, e a situação continua precária. Eu acho que esta licitação é vitalicia porque nunca acaba”.

Ele destacou ainda sobre o problema da invasão no bairro. “Naqueles dois ou três dias de chuva que houve, foi aquele bafafa, veio secretário, vereadores, todo mundo e aí não fizeram nada. Eles prometeram passar a máquina, fazer drenagem e nada fizeram. Hoje estamos com previsão de chuvas para os próximos dias e preocupados.  É muita falta de respeito com nós moradores do bairro, são mais de dez anos que estamos aguardando pelo resultado de uma licitação para contratação de uma empresa para fazer a ampliação do cemitério que nunca sai. Outra coisa, se chover aqui na invasão vai ficar pior, a defesa civil esteve aqui dizendo que era para fazer isso e aquilo e depois desapareceu”.

Vereador Paulo Valgueiro

Por sua vez, o vereador Paulo Valgueiro (MDB) se mostrou indignado com a humilhação que os moradores estão passando.  “Não existe dificuldade para se ampliar o cemitério. A licitação seria apenas para a ampliação do muro, e não é necessário tanta demora para se construir, e já se passaram tantos gestores e não se construiu deixando as pessoas em momentos de aflição e dor no momento de enterrar seus entes queridos tendo mais problemas no momento  do enterro sem saber para onde levar”, falou desapontado.

Como não se bastasse os problemas do cemitério e da invasão, o vereador Paulo Valgueiro revelou mais desprezo da administração Miguel Coelho para com os moradores da comunidade. “No ano passado fizeram uma maquiagem de reforma do posto de saúde aqui na comunidade, hoje o mato está tomando de conta, a caixas afundando, problema de infiltração e outras coisas. Na última chuva fizeram uma grande mídia com drone – como é de costume do ‘Novo tempo’ fazer – em dizer que iria resolver o problema e até agora não houve nenhuma ação. Existe previsão de chuvas para os próximos dias e isso está preocupando quem representa a invasão, porque as pessoas estão ali as margem do canal que não houve drenagem para que estas pessoas possam suportar uma chuva que  se avizinha nos próximos dias”.

O líder comunitário Carlos solicitou da administração ‘Novo tempo’ que “olhe pelo bairro, veja a situação do cemitério, não podemos esperar que chegue outra gestão para que se revolva o problema”.

Foto: Ponto Critico

A moradora Maria de Lourdes fez um alerta as autoridades sobre o risco que as pessoas correm caso volte a chover nos próximos dias. “A invasão é um local de risco com mulheres gestantes e crianças perambulando pelo local. Na última chuva alguns barracos caíram, as pessoas ficaram jogadas no meio do tempo e nada foi feito para minimizar o sofrimento das pessoas. Tem dia que eu não durmo preocupada com essas pessoas, inclusive com parentes que ali moram”.

Com informações de Neya Gonçalves e Carine Paixão/Nossa Voz/Grande Rio FM

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