Neymar foi vendido por 25 milhões de euros, revela presidente do Santos
O Barcelona anunciou que comprou o Neymar por 57 milhões de euros e depois disse que o valor, na verdade era, 65 milhões (R$ 195 milhões) porque 8 milhões foram pagos para garantir a preferência na contratação de outros três jogadores. O Santos, no entanto, alega que recebeu 17 milhões (R$ 50 milhões). Afinal, por quando o Neymar foi vendido?
Fizemos quatro contratos com o Barcelona. Um de transferência do Neymar, no valor de 17,1 milhões de euros. Desse valor, 40 % foi transferido para a DIS e 5% para a Teisa. Depois teve um outro contrato de 2 milhões de euros (R$ 6 milhões) caso o Neymar, no período que estiver no Barcelona, seja indicado entre os três melhores jogadores do mundo da Fifa. Desse valor também é 40 % para a DIS e 5% para a Teisa. Fizemos ainda um convênio com o Barcelona de troca de informações e tecnologia. Nós podemos mandar nossos técnicos da base para lá e vice-versa. Nesse contrato, eles têm preferência, em condições de igualdade, sobre três jogadores e foi atribuído o valor de 7,9 milhões de euros ( R$ 23,6 milhões) , que o Santos também recebeu. E o Santos contratou também dois amistosos. O primeiro lá e o segundo será aqui. Não podendo realizar o segundo, o Santos receberá 4,5 milhões de euros (R$ 13,5 milhões).
Mas por que o Barcelona diz que gastou 51 milhões de euros (cerca de R$ 153 milhões)?
Isso criou uma confusão danada. O Comitê de Gestão do Santos, então, notificou o Barcelona exigindo explicação para quem ele pagou esses 57 milhões. Recebemos uma carta dizendo que o Santos recebeu 17,1 e mais 2 milhões se ele for indicado entre os melhores do mundo. A Fifa também questionou o Barcelona. Temos a cópia da resposta para a Fifa que diz a mesma coisa. Se o Barcelona gastou 57 milhões e para quem foi o restante do dinheiro, o conselheiro do Barcelona é que tem de perguntar para o presidente do Barcelona. A gente até tem ideia que tenha ido de comissão para gente que estava aqui trabalhando para eles.
O Santos vai construir um novo estádio?
Não dá para os grandes clubes ficarem sem arena. É uma receita importante. Depois da Copa do Mundo, o Santos será o único clube grande de São Paulo sem arena. O Santos têm 7 milhões de torcedores e precisa estar à frente do tempo. Pela origem do clube, o local ideal seria Santos, mas lá não tem terreno. Na Baixada Santista, participamos de dois estudos, com duas empresas diferentes, mas na hora que fechar o negócio não conseguimos. A arena precisa ter um shopping, escritórios e as taxas de retorno eram mais baixas do que o mercado esperava, então não conseguimos atrair o investidor.
O Pacaembu, então, surge como uma possibilidade?
Nossa maior torcida é em São Paulo e o Santos precisa estar próximo da sua torcida. Então surgiu a possibilidade do Pacaembu. A prefeitura vai lançar uma licitação, nós não conhecemos os termos, mas se perguntarem se o Santos quer o usar o Pacaembu e ter o estádio como segunda casa, a resposta é ‘queremos sim, com muito prazer’. A Vila é nossa casa, nossa sede, mas podemos fazer uma reforma e deixar como um estádio-boutique, fazer um restaurante temático, ampliar o nosso memorial. A Vila passará a ser um estádio para eventos menores e a gente vai jogar no Pacaembu, perto de uma grande massa de torcedores. O Santos não iria investir um centavo nessa nova arena, a gente não tem essa condição, mas pode entrar com um investidor. A gente tem de pensar grande, ter um estádio maior. O Pacaembu é muito bem localizado e o santista gosta.
Qual é a avaliação do trabalho do Claudinei Oliveira? Ele ficará em 2014?
Quando o Muricy saiu, tínhamos no Claudinei uma figura vitoriosa, campeão de tudo nas categorias de base. Quando convidamos para o time principal ele ficou muito contente e muito surpreso. Ele tem um carinho e uma convivência muito boa com os jogadores jovens e depois conseguiu criar um ambiente bom com os jogadores mais velhos. Ele faz um bom trabalho. Quando o trouxemos, ele nos pediu que mudássemos o seu contrato, com todas as cláusulas de rescisão. O Comitê de Gestão está muito satisfeito com o trabalho dele, mas ainda vamos avaliar o planejamento para 2014.
Fonte: Estado de S. Paulo