No Tribunal do Amazonas, cargo é negócio de família
Cargo é herança de família no Tribunal de Justiça do Amazonas – Concurso é esticado para garantir posse de filhos de desembargadores. Eram 23 vagas, mas os gêmeos Igor e Yuri Caminha, filhos da desembargadora Nélia Caminha Jorge, que ficaram no 34º e 43º lugar, foram empossados. Também tomou posse no mesmo dia, Rebecca Ailen Nogueira Vieira, herdeira de uma família com tradição no tribunal do Amazonas. Ela é neta do desembargador aposentado Lafayette Vieira, filha do juiz Rogério José Vieira e sobrinha do desembargador Lafayette Vieira Júnior. Rebecca foi aprovada na 51º posição.
Outra prática comum é a indicação de parentes para funções de confiança – o que é proibido pela CNJ. Até o presidente da corte, desembargador Yedo Simões, dá o mau exemplo. O seu irmão, desembargador Elci Simões, foi nomeado ouvidor do tribunal e recebe R$ 11,8 mil a mais no contracheque.
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Pelo menos sete famílias têm grande influência para agregar parentes. Uma inspeção do CNJ em 2017 identificou ao menos dez casos de indício de nepotismo no tribunal.
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Fonte: The Intercept Brasil