O candidato chorão

Dando sequência aos memes do quadro da sucessão no Recife, jogando  um pouco de humor na escuridão tênue do isolamento social, alcançamos a estação do candidato que anda no grande conflito entre passos largos globais ou de tartaruga, mas sempre confundindo os leitores quanto ao sobrenome Gadelha ou Bernardes.

Que não sabe, quando decola de Brasília, se parte em direção aos Guararapes ou o Galeão, porque só pensa nela. Túlio Gadelha, o candidato que só teve três mil votos antes de cair nos braços da sua maior cabo eleitoral, a apresentadora global Fatima Bernardes, é, literalmente, um filhote político adotado. E adotou agora, como prosa de viola, o choro como rima.

Chora por tudo como menino que perde seu brinquedo preferido. Chororô que começou numa sala repleta de deputados colegas do PDT por não ser ungido à liderança das Minorias na Câmara dos Deputados. Eu choro, tu choras, nós choramos, podia adotar como slogan de campanha.

O grande encontro de Gadelha Bernardes até o momento só se deu com Fátima, está longe de se dar com o eleitor recifense. Gadelha Bernardes delira quando pensa que conquista voto posando para milhares de seguidores pelas redes sociais bem agarradinho com suas verdadeiras muletas de cunho político e eleitoral.

Ser candidato é discurso apenas para continuar na mídia. Como se apresentar postulante ao cargo dirigente de uma metrópole como Recife sem serviços prestados à cidade? Atire em mim a primeira pedra quem me passar na cara um projeto desse moço na Câmara pelos mais miseráveis do Recife.

Ou, simplesmente, um discurso do plenário daquela Casa enaltecendo a Veneza brasileira! Tem razão Agamenon Magalhães quando disse que Recife era uma cidade rebelde e, mais ainda, quando se convenceu de que a ilusão da política é pior do que a do amor.

(Magno Martins)

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