Por Iedo Ferraz
Oligarquia é o predomínio de grupos políticos e familiares no comando da administração pública. Ela simboliza um Governo eleito pela maioria dos eleitores que, no entanto, representa os interesses de uma minoria da população governada.
A oligarquia é constituída por um grupo pequeno de pessoas que deseja se manter o maior tempo possível ou se perpetuar no poder. Os detentores da administração municipal defendem seus privilégios, suas conveniências politicas, sociais e econômicas, utilizando-se dos mecanismos de fazer alianças indecorosas com todos da oposição e também da situação, visando ter o controle total do Município.
Geralmente, o oligarca é centralizador, autoritário, arrogante, raivoso e perseguidor perante os seus adversários. Ele não aceita ser contrariado em nenhuma decisão pessoal, política ou administrativa praticada no exercício do cargo. Este sujeito tem o hábito de impor sua vontade na base do grito, na força física e ameaças, caso seja necessário.
O mandatário vergonhosamente utiliza uma política clientelista baseada no “toma lá, dá cá” entre os eleitores de baixa renda, que precisam quase sempre do poder público local. Suas ações maquiavélicas são centradas em como devemos nos comportar politicamente para nos perpetuar no poder, passando por cima de tudo e de todos.
O impostor se acha dono da Prefeitura Municipal e os eleitores são obrigados a votar de acordo com a vontade dele. Nessa estrutura, a população não é ouvida ou consultada sobre as necessidades prioritárias do município governado. A Oligarquia atende às pretensões de uma minoria em detrimento de uma maioria excluída socialmente, politicamente e administrativamente, pois ela visa satisfazer os privilégios das poucas pessoas aliadas daquele chefe.
Trata-se de uma forma de governo camuflada na falsa democracia, sendo, portanto, um poder ilegítimo sem a verdadeira participação popular, onde a concentração do domínio recai em pessoas ligadas por vínculos familiares durante a sucessão preestabelecida entre os chefões do poderio.
Em São José do Egito foi instalado um monopólio político dominado pela família Valadares que se encontra na sua fase de decadência irreversível. O grupinho restrito e fechado se reúne para debater entre eles quem será o próximo sucessor e herdeiro do trono entre os Valadares. Em nenhum momento da reunião ocorrida, os interesses da população e do município se tornaram prioridades. Neste ano, através da vontade do povo, esta corrente do atraso será banida para o bem de todos os moradores da terra da poesia.
A administração pública tem como pressuposto básico atender e satisfazer o bem-estar da coletividade. No passado, alguns municípios pernambucanos foram submetidos por este tipo de controle familiar, onde o povo e a cidade ficam sempre no segundo plano. Com o passar do tempo, os moradores se sentiram excluídos. Com isto, os eleitores tiraram os oligarcas do comando. Agora, chegou a vez de São José do Egito retirar por meio da democracia popular todos aqueles que se acham donos do poder. Diante de tudo isto relatado por mim, chegou a vez de Fredson Brito ser eleito prefeito de São José do Egito.
Ex-xepeiro da Casa do Estudante de Pernambuco e contemporâneo de Fredson*