O furacão paulista

Opinião

Estava escrito nas estrelas: mais tarde, mais cedo, o polêmico candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, maior fenômeno eleitoral paulista, assumiria a liderança no ranking das pesquisas eleitorais para suceder o prefeito Ricardo Nunes (MDB), em busca da reeleição.

A pesquisa Quaest à Prefeitura da capital paulista, divulgada ontem, apontou que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) ultrapassaram numericamente o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na liderança de intenção de votos. Nunes aparece numericamente à frente, com 24%, seguido de Marçal, com 23%, e Boulos, com 21%.

Marçal saltou quatro pontos em relação ao levantamento anterior, feito há três semanas. Já Boulos, com 21%, oscilou um ponto para baixo. Nunes oscilou cinco pontos para cima, saindo de 19% para 24%, empatando com Marçal. Tabata Amaral (PSB) manteve os mesmos 8% da última pesquisa e empata com José Luiz Datena (PSDB), que oscilou quatro pontos negativamente, saindo de 12% para 8%.

Na última pesquisa do instituto, publicada em 28 de agosto, Boulos apresentava 22% das intenções de voto, seguido por Nunes e Marçal, com 19% cada um. A Quaest entrevistou presencialmente 1,2 mil eleitores de São Paulo, entre os dias 8 e 10 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, em nível de confiança de 95%.

De acordo com o levantamento, Marçal apresenta melhor desempenho entre os eleitores homens (31,5%) e entre aqueles que possuem formação até o ensino fundamental (41,3%). Boulos pontua melhor entre as mulheres (33,7%) e entre o eleitorado que possui ensino superior (37,8%). Já Nunes lidera entre os eleitores com mais de 60 anos (29,5%) e entre aqueles que possuem renda familiar acima de R$ 10 mil (29,9%). A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-09089/2024.

Segundo turno – A pesquisa também testou seis cenários de segundo turno. Marçal saiu derrotado em todas as simulações feitas pelo instituto, enquanto Tabata foi a única a não apresentar nenhuma derrota – a sondagem apontou um empate, contra Boulos, por 33,8%. Caso Nunes e Boulos se enfrentem, o prefeito sairia vitorioso por 45,7% diante de 38,5% do psolista. Eis os cenários: Tabata (49,8%) x Marçal (43,2%) – Nunes (48,2%) x Marçal (29,2%) – Nunes (45,7%) x Boulos (38,5%) – Boulos (44,1%) x Marçal (43,2%) – Nunes (40,4%) x Tabata (42%) – Boulos (33,8%) x Tabata (33,8%).

Distanciamento da política – Por que Marçal se revela um fenômeno? Chama atenção por não ter um passado na política. Além de coach, trabalhava como empresário e influencer antes das eleições. Esse distanciamento da política, entretanto, é um dos fatores que chama a atenção dos eleitores. O discurso dele não mudou, é o mesmo das pessoas que chegam a uma determinada condição melhor pelo seu espírito empreendedor, pelo seu esforço pessoal. Ele busca se diferenciar e leva uma vantagem sobre Bolsonaro por nunca ter ocupado cargos.

Já pegou o impacto da propaganda – Após início da campanha na TV, Nunes se recuperou e oscilou positivamente de 19% para 24%, Marçal manteve a tendência positiva e oscilou de 19% para 23%, e Boulos oscilou negativamente de 22% para 21%, se comparado ao levantamento anterior, divulgado em 28 de agosto. Os números indicam que Nunes e Marçal oscilaram acima da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo SP-09089/2024. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre 8 e 10 de setembro. O nível de confiança é de 95%.

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