O pinóquio brasileiro

Opinião – A Tarde

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – 

Não poderia haver personagem melhor representativa de quem aprecia mentir, e mesmo o Pinóquio brasileiro sabe da importância de seu pai e mentor Gepetto, ao extrair de seu perfil a instância deliberativa o autor Carlo Collodi.

Mas não seria impossível, quem sabe, persuadir com argumento falacioso  o ex-presidente da República de nariz devasso, caso seja hábil em suas falácias ao resistir às evidências de ter urdido asqueroso golpe de Estado.

Cristalina seria a palavra mais perto da “realidade” quando se verifica a análise dos conteúdos distribuídos para cúmplices do maior crime jamais tramado contra os brasileiros por um de seus compatriotas. Valeu-se o autor do apoio de alguns empresários conhecidos, aquele rosto de um padrão confiável ma non tropo.

O crime gravíssimo não pode deixar de chegar ao final do seu inquérito em investigação arrastada desde 2022, quando vazaram conversas nas quais uma articulação em caso de vitória de Lula seria a saída viável dos derrotados.

Como já é de praxe, por suas decisões contundentes e determinadas, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes autorizou a busca e apreensão de aparelhos telemáticos de oito suspeitos de formar quadrilha.

Dois possíveis integrantes do banco permanecem investigados, o fundador da empresa Tecnisa, Meyer Negri, e o conhecido apoiador do obscurantismo   Luciano Hang, da companhia “Havan”. No entanto, o magistrado entendeu terem consumido e compartilhado as proposições, dentro dos limites consagrados pela liberdade de expressão, pilar das instituições da República.

Embora em mensagem cifrada, a expressão dos malfeitores indica uma construção de um código, quando se analisa, por exemplo, o contato PR Bolsonaro 8, sinalizando ação lesa-pátria, em ataques a autoridades federais. Não se pode compactuar de impunidade, pois se esta prevalecer, as instituições ficarão desacreditadas, desdobrando-se em reincidentes ilegalidades.

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