O recorde absoluto da dengue

O Antagonista

O Brasil bateu recorde com o registro de 1.256 mortes causadas pela dengue neste ano, ultrapassando em 77 casos o total registrado em todo o ano de 2023. Além disso, as autoridades estão investigando outros 1.857 óbitos para determinar se há relação com a doença.

Os casos prováveis de dengue no país também atingiram níveis alarmantes. Até o momento, já foram computados 3.062.181, um aumento de 85% em relação ao total registrado em 2023, segundo o Ministério da Saúde.

Para entender a dimensão dessa epidemia, é importante analisar o coeficiente de incidência da dengue, que é calculado considerando o número de casos por cada 100 mil habitantes. No Brasil, esse índice alcançou 1.508, muito acima do limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para caracterizar uma epidemia, que é de 300 casos por 100 mil habitantes.

De acordo com o Ministério da Saúde, algumas unidades federativas apresentam uma tendência positiva no combate à dengue. Nove estados, incluindo Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal, estão registrando uma queda consolidada no número de casos.

No entanto, outros 13 estados permanecem com uma tendência estável na incidência da doença. Isso inclui Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Alguns estados ainda enfrentam um aumento no número de casos. Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe continuam a lutar contra a propagação da dengue.

O Rio Grande do Sul também enfrenta situação alarmante com um número recorde de óbitos e casos confirmados de dengue neste ano, superando as estatísticas de anos anteriores e colocando o sistema de saúde do estado em alerta máximo.

Segundo dados recentes, o Rio Grande do Sul registrou 60 mortes por dengue em 2024, ultrapassando o total de óbitos do ano anterior. Tani Ranieri, da Divisão de Vigilância Epidemiológica, destacou a gravidade da situação, ressaltando que o estado vivencia sua pior epidemia nos últimos anos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *