O silêncio de Raquel Dodge: muita gente de faca no dente

O silêncio da procuradora-geral, Raquel Dodge, diante das críticas violentas feitas por ministros do STF a investigadores, na quinta (14), incomodou muito sua categoria –inclusive a ala que não concorda com atos da Lava Jato de Curitiba.

Nesta sexta (15), Dodge tentou responder ao pedir informações ao Supremo sobre o inquérito aberto por Toffoli para investigar notícias falsas e ameaças contra ministros. Não adiantou. Procuradores acharam que ela demorou a tomar atitude.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti, nega que haja divisão no MPF sobre a nota dura que a entidade soltou contra a decisão de Dodge de questionar o fundo criado pela Lava Jato no STF.

 “O instrumento usado foi tão mal recebido, tão desastrado, que mesmo colegas críticos à Lava Jato concordaram que era necessário repudiar a atitude da procuradora-geral”, diz Robalinho. Ele é visto como pré-candidato à cadeira que Dodge deixará em setembro.

Procuradores que não advogam nem por Dodge nem pela ANPR afirmam que o isolamento dela no MPF é, de fato, gritante.  (Daniela Lima – Painel – FSP)

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