Onde está o nosso dinheiro

Carlos Brickmann

Números oficiais, levantados pelo Novo Jornal, de Natal: os espantosos 50 maiores salários do Rio Grande do Norte (pagos em junho). O maior foi de R$ 179.887,06, pago a uma desembargadora federal do Tribunal Regional do Trabalho. O menor, de R$ R$ 40.185,15, foi pago a uma juíza de terceira entrância, do Tribunal de Justiça. Mesmo o menor é mais alto que o teto do funcionalismo público, o pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Todos, sem exceção, trabalham na área do Direito: juízes, promotores, desembargadores – e um solitário técnico judiciário, com R$ 52.312,17.

Por que Bolsonaro ordenou uma varredura nos últimos atos do governo Temer? Uma pista: a ministra dos Direitos Humanos. Damares Alves, suspendeu um convênio (sem licitação) entre a Funai, Fundação Nacional do Índio, e a Universidade Federal Fluminense, no valor de aproximadamente R$ 45 milhões. Foi assinado tão em cima da hora que a publicação no Diário Oficial ocorreu em 2 de janeiro de 2019, já no novo governo.

Objetivo do convênio: elaborar um Projeto de Fortalecimento Institucional da Funai. E também criar uma criptomoeda, ou moeda virtual, um tipo de bitcoin, para se transformar no dinheiro dos índios.

O presidente Bolsonaro tem uma ótima oportunidade de poupar dinheiro público. Temer nomeou Carlos Marun, seu chefe da Casa Civil, conselheiro de Itaipu. São R$ 27 mil mensais, para participar de uma reunião de dois em dois meses. Bolsonaro, por algum motivo, resolveu deixar pra lá.

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