Operação prende nove policiais suspeitos de envolvimento em esquema de corrupção
Entre os detidos estão o delegado Marcos Pereira e um capitão da Polícia Militar
Segundo a SDS, os presos são acusados de praticar os crimes de corrupção ativa e passiva, concussão e formação de quadrilha. Nas investigações ficou constatado que policiais civis e militares recebiam, semanalmente, dinheiro de proprietários de casa de jogos para dar proteção aos estabelecimentos, informando os empresários sobre a ocorrência de ações da polícia. De acordo com o apurado, o valor pago para cada policial, por casa de jogo, variava entre R$ 50 e R$ 300. As investigações foram iniciadas em dezembro de 2012. Na lista de presos constam nomes como o delegado Marcos Pereira da Silva, de 53 anos, na função há 13 anos. Ele ingressou na Polícia Civil como agente em 1984 e depois assumiu o posto de escrivão em 1986. Dos civis presos, há mais três comissários detidos. Entre os militares, consta na lista o capitão Sidiney José Figueiredo Braga, que tem 23 anos de serviço. Os outros policiais presos são um sargento, um cabo e dois solados.
Além dos 12 mandados de prisão, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pela juíza da Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Capital. Na ação foram apreendidas diversas máquinas caça níquel, placas de computadores e mais de R$ 30 mil em dinheiro. Entre os foragidos estão o comissário da Polícia Civil Weinert Soares Penha, de 55 anos; o cabo da Polícia Militar Nazareno Santiago da Silva, de 48 anos; e o proprietário de casa de jogos Gilson da Silva Santos, de 40 anos.
Ao todo atuaram na ação 248 policiais, entre delegados, agentes e escrivães e 12 policiais da 1ª Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe). As investigações foram comandadas pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) com o apoio do Centro Integrado de Inteligência e Defesa Social (CIIDS) e pela Coordenação de Inteligência Policial da Polícia Civil (Coordinpol).
Fonte: FolhaPE