Opinião: Flamengo x Palmeiras foi um suspiro em meio à futebol sem criatividade
Rubro-Negro superou o alviverde em jogo eletrizante neste domingo (11)
Por Felipe Silva
A final da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras foi algo prazeroso de se assistir. Um jogo aberto, criativo, onde ambas equipes não se acuaram e decidiram jogar o futebol que tanto se cobra de times com alto investimento. E não faltou emoção. Golaço, técnico expulso, virada, discussões, pênaltis – o futebol respira.
Torcedores de ambas equipes devem sentir orgulho de assistir uma final tão boa tecnicamente como foi deste domingo. Um jogo que não bastou terminar nos 90 minuto e precisou ser resolvido nas penalidades, com 18 cobranças batidas, consagrando o Flamengo bicampeão da competição.
Diversos fatores influenciaram para que nenhuma das duas equipes tivesse um domínio absoluto do confronto. O golaço – com G maiúsculo – de Raphael Veiga logo no início de partida foi um baque para o Rubro-Negro. A defesa do time carioca, que é reconhecida por ter uma boa saída de bola e ter evoluído nos últimos jogos, voltou a falhar. Contudo, não bastou muito tempo para o Flamengo acordar para a partida.
Gerson, meia pensante do Rubro-Negro, não estava nos seus melhores dias, e teve uma atuação discreta para a sorte do adversário. Mas, se o ‘coringa’ não foi bem, Diego e Arrascaeta não decepcionaram e foram fundamentais para trazer perigo para a defensa palmeirense.
Comandada por Leandro Pedro Vuaden, a arbitragem foi um ‘show’ a parte na grande final. Expulsou no primeiro tempo o técnico Abel Ferreira e na segunda etapa seu auxiliar, João Martins. E, claro, cartões não faltaram para os atletas. Abel, por sua vez, não poupou críticas e saiu irritado com a maneira como foi conduzida a partida. É de se contestar.
A partida de hoje mostra, sim, que equipes brasileiras podem jogar um bom futebol. À frente de Flamengo e Palmeiras, dois técnicos jovens e que ainda estão em evolução, mas que representam o futuro, fizeram bonito. Com o título de hoje, Ceni, em quatro anos como treinador profissional, chegou ao seu sexto troféu. Nada mal, não é mesmo?
A segunda edição da Supercopa do Brasil foi emocionante, e a certeza que fica é que esse jogo será utilizado para mostrar como se joga um futebol ‘jogado’.