Por Osvaldo Matos de Melo Júnior

Deixem a tropa entrar em greve, trocar tiros, ferir companheiros, acampar com uniformes descompostos e armas, a agitar e desmoralizar a instituição e para melhorar não punam ninguém, perdoem e até promovam e depois deixem isso acontecer de nono, de novo e de novo e façam a mesma coisa.

Coloquem nas diretorias e gerencias da SDS praças e agentes para comandar oficiais.

Tirem a autonomia do comandante geral para promover e transferir policiais.

Não permitam que os comandantes dos batalhões possam ter autonomia no lançamento da sua tropa.

Fechem a tradicional Academia de Formação Superior e Pós Superior que já formou e pós graduou oficiais de mais de 20 estados e transforme em uma academia mista para formar policias totalmente diferentes nas missões e na doutrina.

Coloquem no comando das instituições, policiais de outra policia totalmente diferente na doutrina, no pensamento estratégico, nos recursos, no tipo de crime e que não conhecem nada de policiamento ostensivo e suas especializadas e atividades residuais no estado e seus cantos e recantos.

Promovam policiais que trabalham em gabinetes e afilhados de políticos e deixem o pessoal operacional, exemplo da tropa anos e anos pra serem promovidos.
Deixem policiais várias horas, esperando a vez do delegado receber o preso, porque eles não podem fazer um simples TCO. E as ruas que fiquem sem a tropa, pois já cheguei a ver em delegacias até 5 viaturas paradas aguardando a vez.

Mandem uma verba de manutenção que não consegue manter nem uma casa de classe média baixa para manter um batalhão.

Peçam para os alunos dos cursos de cabos e sargentos levarem papel para pode imprimir as provas e apostilas.

Deixem que oficiais formados até 6 anos depois de outros cheguem a postos superiores mais rapidamente.

Mandem um policial para as ruas com coletes vencidos ou gigantes, sem a quantidade de munição necessárias e com pouca prática de tiro e defesa pessoal.

Acabem com os cursos em regime de semi internato e coloquem formação via internet com menos de 1/3 do tempo e o mínimo de presencial.

Não reciclem a tropa e deixem o pessoal bem folgado, sem oficiais e sargentos disponíveis e motivados a fiscalizar.

Abram mão de aspectos importantes de contenção e disciplinamento da tropa, para fazer gracinha para quem não tem vocação, para mídia e para esquerdinha.

Acabem com os acessos de jovens sargentos e oficiais que mantém a disciplina renovada e a fiscalização.

Sargentos que eram formados em 1 ano, formem em 15 dias e oficiais que eram graduados em 3 anos em regime de internato forme em 1.

Tirem a prioridade das negociações e solicitações da tropa da cadeia de comando e recebam e aceitem negociar e fechar soluções com lideranças que muitas vezes envolvem o lado politico com ponto de interesse maior.

Deixem um policial de posto superior ganhando menos que um policial delegado em inicio de carreira ou um agente inicial ganhando mais que um soldado antigo.

Deixem um graduado ou oficial 10 anos sem promoção.

Acabem com o intercâmbio de cursos de habilitação, aperfeiçoamento e mestrado, onde policiais de todos os estados trocam experiências.

Peguem policiais com 45, 46 47 anos e aposentem no seu auge da experiência no lugar de aproveita-los em funções estratégicas com abono de tempo de serviço, quando os mesmos atingirem 30 anos.

Deixem o soldo entre as graduações e postos bem juntinhos, com pouca diferença e mostrem que não vale a pena muita responsabilidade e riscos, divisas e estrelas para pouco dinheiro.

Priorizem o salário de uma policia em prejuízo da outra e paguem um soldo medíocre para quem está na guerra civil das ruas sem os devidos equipamentos, uniformes velhos, viaturas não blindadas e unidades acabadas arriscando a vida e vendo os bandidos que prendem sendo soltos quase que imediatamente.

Deixem o Hospital que atende os policiais e familiares se acabar, já que os policiais, segundo a lógica no mundo inteiro não podem ser atendidos no mesmo lugar que os bandidos e pessoas que eles prendem, por isso mesmo que existem hospitais militares,

Deixem a tropa sem identidade com uniformes sem nenhum tipo de link, com excesso de cores diferentes, coberturas, símbolos e apelos de diferenciação entre os elementos da mesma instituição.

Acabem com a identidade visual das viaturas tirando a cor tradicional, o nome da instituição e a marca bem pequena.

Adivinha quem perde mais com essa receita?

Eu,você,nós e eles.

Osvaldo Matos de Melo Júnior Pernambucano- Publicitário, Sociólogo e especialista em segurança
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