Oposição baiana acusa governo de se utilizar obras federais como do Estado
Lilian Machado
Os questionamentos do democrata e do peemedebista foram em resposta a afirmação do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro, que gere uma das pastas mais estratégicas da administração, em entrevista a Tribuna, de que as “ações de governo” vão influenciar positivamente no resultado eleitoral prol PT. O secretário citou o investimento de R$7 bilhões em Salvador, na área de mobilidade urbana até o final do mandato de Wagner.
Segundo Lúcio, o eleitorado baiano vai julgar o “conjunto da obra” dos últimos sete anos. “E nada foi feito a não ser quebrar o estado. Pongaram em algumas obras do governo federal que se seguirem o ritmo de trabalho desses últimos anos, com certeza não serão entregues. Além disso, o povo está mais informado. Não vai cair no conto do governo de tentar vender obras federais, como se fossem do próprio Estado. O pouco que se tem feito é com empréstimos e com recursos da União”, disse.
Lúcio ainda criticou o atraso de fornecedores e terceirizados, as obras paralisadas e aquelas que nem foram iniciadas por falta de contrapartida do Estado. “Teve até algumas que por incompetência perderam os recursos federais”, disparou. O peemedebista lembrou ainda do suposto “legado negativo” com “o aumento dos índices de violência, a ausência de política preventiva contra a seca e o descaso com os servidores, com as greves da Polícia Militar e dos professores estaduais”.
O vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia também frisou a demora do governo em concluir obras. Segundo ele, a gestão estadual cria uma “falsa expectativa” na população. “É utopia falar em tantas obras para realizar em doze meses que é o tempo que resta a Jaques Wagner. Não condiz com a realidade e a falta de gestão. As obras são única e exclusivamente do governo federal”, criticou Gaban. Conforme o democrata, o governo demonstra descrédito na área de finanças e de atração de investimentos, ao ter permitido que a empresa Toshiba tenha saído do Estado. “O que deveriam era tentar diminuir o custeio e não se deixarem restos a pagar, pois como Wagner não vai fazer o sucessor o Tribunal de Contas do Estado (TCE) pode não ser mais benevolente”, disse em tom de ironia.
Fonte: Tribuna