Oposição está indecisa sobre nome para concorrer ao governo baiano em 2014
O anúncio do nome da oposição para concorrer ao governo doEstado em 2014 passa por momentos de indefinição por parte das forças que compõem o grupo político. Enquanto PMDB e PSDB divergem diametralmente, o DEM adota uma postura comedida. Ontem, o presidente estadual do DEM, Paulo Azi, reiterou o meio-termo e sugeriu que a avaliação do momento ideal para apresentar o candidato oposicionista que deve ir às urnas depende de vários fatores e, entre eles, a disposição do governo em definir quem vai concorrer à sucessão do governador Jaques Wagner.
A demarcação recente, feita pelo tucano João Gualberto, de que a escolha pode esperar até o carnaval, contraria os interesses, especialmente, do PMDB. Nos bastidores circula a informação sobre o interesse peremptório do peemedebista Geddel Vieira Lima em ser proclamado como candidato antes do final do ano, evitando que a união das oposições seja natimorta, como aconteceu em 2012, quando muito se falou sobre a unidade e, no primeiro turno, o PMDB marchou em separado, enquanto DEM e PSDB sedimentaram o nome de ACM Neto para a prefeitura de Salvador – parte dos tucanos à revelia num primeiro momento, situação corrigida ao longo da campanha.
Além de evitar a repetição da corrida eleitoral da capital baiana, o PMDB teme, segundo analistas políticos, que o nome melhor pontuado até então nas pesquisas, o do ex-governador Paulo Souto ganhe ainda mais corpo e suplante o desejo real e manifestado de Geddel em ser candidato ao governo.
Com um eventual crescimento de Souto, os aliados do ex-governador sugerem que a candidatura dele pode ser irreversível, dificultando a viabilidade do peemedebista como postulante a governador. Por essa razão, aliados de Geddel insistem no lançamento da candidatura da oposição pouco tempo depois da apresentação do candidato da base governista, enquanto os demais partidos oposicionistas preferem aguardar para fazer a leitura do cenário antes de avançar na discussão sobre aquele nome que agrega mais no processo eleitoral.
Fonte: Tribuna