Organizações de estudantes protocolam no MPF pedido de auditoria nas notas do Enem

Iago Montalvão, da UNE, e Pedro Gorki, da Ubes, publicam vídeo sobre pedido

Iago Montalvão, da UNE, e Pedro Gorki, da Ubes, publicam vídeo sobre pedido Foto: Reprodução/Twitter

União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) protocolaram nesta terça-feira no Ministério Público Federal (MPF) um pedido para a realização de uma auditoria nas notas do Enem.

O objetivo é, segundo o grupo, “apurar se as notas atribuídas aos alunos que prestaram a prova do Enem estão condizentes com o desempenho deles na prova”.

O ofício também pede para que as condutas do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e do Presidente do Inep, Alexandre Lopes, sejam investigadas, “inclusive no que se refere a improbidades administrativas”.

— Estamos acompanhando com atenção a confusão e a balbúrdia que o MEC causou nas provas do Enem — afirmou Iago Montalvão, presidente da UNE, em vídeo publicado nas redes sociais: — Além disso, também entramos com um pedido de ação civil pública por danos morais a todos os estudantes que foram constrangidos e prejudicados por todos esses erros.

Segundo o ofício apresentado, cabe ao Ministério Público “investigar todas as irregularidades na correção do exame, apurando todos os prejuízos psicológicos e morais causados a todos os estudantes que se viram diante de uma correção completamente equivocada”.

Ainda segundo o texto, o MEC e o Inep erraram na comunicação e transparência do problema. “Ora, é o maior processo de seleção do país, é o exame que leciona quem vai ocupar as vagas das universidades mais importantes do Brasil. É preciso que haja mais transparência e, definitivamente, não houve!”

Sobre a indenização pedida aos alunos, as organizações estudantis alegam no ofício que “o prejuízo e o desgaste inicialmente imputados aos alunos ganhou contornos de generalidade, como se comprova a partir das manifestações ocorridas nas redes sociais, tendo como uma das pautas, justamente, a insatisfação e a preocupação com a correção das provas”.

5.974 prejudicados

Na última segunda-feira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que as falhas na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) atingiram participantes em cerca de 200 cidades, mas 96,7% das ocorrências se concentraram nas cidades de Alagoinhas (BA), Viçosa (MG), Ituiutaba (MG) e Iturama (MG).

Apenas os estados de Roraima e Amapá não tiveram o erro registrado. No total, foram 5.974 candidatos prejudicados por uma falha no processo de impressão das provas e dos cartões-resposta, segundo o governo.

Inep recebeu 172 mil e-mails relatando erros, e todas as 3,9 milhões de provas da última edição do Enem foram conferidas pelo instituto. O órgão vai abrir um processo administrativo contra a gráfica Valid, responsável por realizar o Enem. O Inep atribui à gráfica os erros na impressão das provas e dos cartões-resposta.

Fonte: Extra

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