O ex-deputado Osvaldo Coelho (DEM) enviou carta nesta quinta-feira (4) ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pedindo a renegociação das dívidas que foram contratadas com recursos dos fundos constitucionais do Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
Ele considera “injusta” taxa de juros de 8,7% que é cobrada aos nordestinos para a renegociação de suas dívidas junto ao BNB, em comparação com os juros de 2% que o mesmo banco cobra da FIAT (uma empresa multinacional) que se instalou recentemente na cidade de Goiânia (Pernambuco).
O ex-deputado afirma também que a taxa de 8,7% de juros cobrada no semiárido nordestino “é a maior existente no país”, superando à que é praticada pelo BNDES e o Banco do Brasil, que é de 6%.
“Queremos que (Vossa Excelência) saiba que nos últimos quatro anos, nas porteiras das fazendas, nada saiu de produtivo. Só entraram os salários dos trabalhadores, ração para o gado, remédios e sofrimentos. O governo tem que cuidar dos patrícios, da parte pobre desta nação. Estamos nos referindo aos débitos acumulados da agropecuária e da agroindústria”, diz a carta do ex-deputado.
Ele diz também que os devedores do BNB “têm vontade” de pagar as suas dívidas, “até mesmo desmobilizando imóveis”, mas o mercado afastou os compradores e o BNB não leva em conta a atual situação econômica que o agricultor passa e lhe cobra “juros exorbitantes”.
“Estou cumprindo o meu dever (de denunciar esta situação) e que o governo cumpra também o seu. É preciso que o BNB tenha bom senso para negociar com os devedores”, concluía a carta do ex-deputado.