Otto diz que já contabiliza 17 vacilos do presidente Bolsonaro e ministros

“Essa coisa de que a MP poderia caducar é conversa. Ainda tinha seis dias. Aliás, o governo é quem vacila”

Levi Vasconcelos
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

 

Ao explicar o seu voto, no Senado, em favor da transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o da Justiça, ou para o juiz Sérgio Moro, o senador Otto Alencar (PSD) diz ter sido coerente e que quem mudou de posição foi o governo.

Entenda o caso: em janeiro, o presidente Bolsonaro editou a MP 870, que reestruturou o governo, reduzindo o número de Ministérios de 29 para 22 e fazendo mudanças como a do Coaf. A Câmara rejeitou esse item, embora o PSD de Otto tenha votado a favor.

A tal MP caduca segunda-feira, e por conta disso Bolsonaro pediu ao Senado, em carta, que deixasse como a Câmara quis com receio de da MP não ser votada e toda a reforma ruir por terra.

Moro, a rendição

Diz Otto que a decisão de votar para passar o Coaf a Moro foi do partido dele, o PSD.

— Essa coisa de que a MP poderia caducar é conversa. Ainda tinha seis dias. Aliás, o governo é quem vacila. Eu já anotei 17 decisões que Bolsonaro ou seus ministros tomaram e voltaram atrás.

Otto também não gostou da declaração de Sérgio Moro, segundo a qual, ‘se não for possível manter o Coaf na Justiça, paciência’.

— Moro assinou a rendição a Bolsonaro.

No placar baiano do caso, Otto Alencar e o colega dele de partido, Angelo Coronel, votaram pelo Coaf com Moro, Jaques Wagner, como o PT na Câmara, foi contra.

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