Em cerimônia horas antes da partida entre Vasco e Fortaleza, na Colina, o prefeito compareceu à tribuna de honra ao lado do presidente Pedrinho e assinou o documento. O projeto, de transferência de potencial construtivo, ou seja, a “negociação” do direito de construir em seu terreno com empresas privadas (que o utilizarão na Barra da Tijuca). Com isso, os recursos serão obrigatoriamente utilizados na reforma, estimada em cerca de R$ 500 milhões.

— Estou me sentindo meio Getúlio Vargas assinando a primeira lei trabalhista — brincou Paes antes de abrir o discurso.

— Todos nós temos uma memória afetiva profunda com São Januário. Foi não só palco de muitas vitórias do Vasco, como faz parte da história política do Brasil. Foi o clube que enfrentou o racismo no futebol, mostrou que era possível misturar as diferentes raças e classes sociais no futebol. Todos nós tínhamos a convicção que para avançar, deveria haver uma renovação. Todos que frequentamos São Januário vamos sentir um pouco de saudade […] O Vasco tem uma importância histórica para o Rio, pessoal para muitos de nós. A gente entendeu os desafios que se colocavam diante de nós. Durante três anos, discutimos esse projetos, debatemos e mandamos para a Câmara de Vereadores esse enorme desafio, aprovar uma lei que permitisse financiar o novo São Januário. E hoje, aqui, a gente consolida esse espaço — discursou o prefeito.

O presidente Pedrinho, que entregou a Paes camisa e título de membro de honra do quadro social do Vasco a Paes, que é torcedor do clube, complementou:

— É um momento histórico. São Januário foi construído por uma iniciativa de 10 mil torcedores que não tinham nenhum tipo de conexão, internet, e levantaram o maior estádio da América Latina. Quero que cada vascaíno se sinta como um desses 10 mil.

As obras devem começar entre dezembro deste ano e janeiro de 2025, após o fim do Campeonato Brasileiro, com previsão de dois anos, pelo menos, de duração.