País rico, mas a conta vem depois

Carlos Brickmann

Foi bonita a festa, pá, como disse Chico Buarque sobre outro assunto. O Rio teve fogos durante 17 minutos seguidos, um recorde.

Mas a conta veio logo: os dois principais hospitais universitários do Rio ficaram sem verbas e ameaçam suspender a contratação de residentes – o que é pior do que parece, por prejudicar o atendimento dos pacientes e o treinamento dos médicos.

As escolas de samba, habituadas a fartos cofres, ajustam em cima da hora seus desfiles, para que não lhes falte dinheiro no Sambódromo.

Que ninguém diga que este é um problema do Rio: o Carnaval carioca é o grande símbolo do turismo brasileiro, e o Rio é o cartão de visitas do país.

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