Papa abre o Sínodo da Amazônia com críticas à devastação e ao novo colonialismo

O Papa Francisco celebrou na manha deste domingo (6) no Vaticano a missa que abriu o Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica.

Durante a celebração o Papa fez críticas ao “novo colonialismo” que está avançando sobre a floresta e seus povos.

“Quando sem amor nem respeito se devoram povos e culturas, não é o fogo de Deus, mas do mundo. Contudo quantas vezes o dom de Deus foi, não oferecido, mas imposto! Quantas vezes houve colonização em vez de evangelização! Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos.” Disse o pontífice.

O governo Bolsonaro vê o Sínodo como uma ameaça aos interesses de exploração da região amazônica. A atuação da Igreja no sentido de proteger os povos da floresta contraria os interesses do agronegócio e da mineração.

“O fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros. Pelo contrário, o fogo devorador alastra quando se quer fazer triunfar apenas as próprias ideias, formar o próprio grupo, queimar as diferenças para homogeneizar tudo e todos”, afirmou o Papa em uma referência clara ao aumento das queimadas na região.

O Sínodo reúne 184 bispos de vários países, dos quais 58 são brasileiros. O encontro iniciado neste domingo segue até o dia 27 de outubro. O papa costuma presidir todas as sessões.

Com informações do Vaticano e da Folha de São Paulo

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