Para Aécio, PT tem dificuldade de aceitar que fez “a maior privatização do país”

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse nesta segunda-feira que os governos petistas “afastaram o capital privado do país”. O tucano afirmou que a demora do PT em firmar parcerias com a iniciativa privada afetou o crescimento do país. “A grande verdade é que esse longo aprendizado do PT, que tanto demonizou, por exemplo, as parcerias com o setor privado e agora as realiza de forma envergonhada, mas realiza, custou muito caro ao Brasil”, disse, acrescentando que o partido tem dificuldade de aceitar que realizou “a maior privatização da história do Brasil”. Aécio comentou o assunto em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde inaugurou o projeto “Conversa com os Mineiros”, que pretende fazer frente à recente investida da presidente Dilma Rousseff, que intensificou o número de visitas a Minas.
Ainda segundo Aécio, cabe ao Governo Federal criar condições favoráveis ao investimento no país. Conforme o tucano, o modelo escolhido para sustentar o crescimento, baseado apenas no consumo, já se esgotou. “Nós não podemos demonizar o capital privado. Temos de criar condições no Brasil de respeito a contratos, condições jurídicas que não se alterem a todo instante para que os investimentos tenham segurança de vir para o Brasil. O Brasil apostou, ao longo desses últimos anos, apenas no crescimento via consumo. Isso exauriu-se. Isso chegou no limite. Mais de 60% das famílias hoje estão endividadas”, analizou.
Aécio Neves afirmou que, atualmente, a visão dos investidores em relação ao Brasil é de “pessimismo”. Ele defende outro modelo de crescimento baseado em políticas que valorizam o investimento. “No momento em que deveríamos ter nos preparado para dar continuidade a este crescimento pela via do investimento, o que fizemos foi o contrário, afastamos o capital privado. Estive há poucos dias em Nova York, falando para um grupo enorme de investidores de todo o mundo, e a visão que se tem em relação ao Brasil é de enorme pessimismo. Exatamente pelo intervencionismo do governo, pela flexibilização na condução da política econômica. Por isso, acho que ano que vem é hora de encerrarmos esse ciclo e iniciarmos um outro”, afirmou.
Fonte: Estado de Minas

 

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