O Flamengo faz hoje um amistoso contra o Desportiva Ferroviária, às 16h, em Cariacica-ES, para arrecadar o mesmo que levaria em um jogo com bom público no Maracanã na ausência de rodada do Brasileiro, cerca de R$ 500 mil, entre cota e parte da bilheteria em uma praça atraente. A diretoria tem o desafio de fechar o ano em dia com os compromissos financeiros, enquanto estuda elevar o investimento no time de futebol em 2016.
Já há encontros para que seja reavaliada a folha salarial do elenco, hoje a oitava ou nona entre clubes brasileiros – cerca de R$ 8 milhões. A intenção é que haja um incremento para entrar no “G-4” no quesito e disputar o título desde o início do Brasileiro.
Nos planos do ano que vem, a diretoria projeta a vaga na Libertadores para alavancar receitas. E faz a seguinte conta:
— Estamos planificando os cenários: base, conservador e agressivo. Libertadores, se vier, será um fato, não uma projeção — avisou o vice de finanças Cláudio Pracownick.
Enquanto o ano novo não chega, o clube busca alternativas para 2015, diante de dificuldades, como atraso de patrocinadores. Há possibilidade de o jogo contra a Ponte Preta ser retirado do Rio. Como haverá show no Maracanã na 36° rodada, o departamento de futebol sugeriu o Engenhão para ficar próximo da torcida, mas ofertas de arenas estão na mesa, em análise. Se o time estiver bem, devem ser recusadas. Se o G-4 se distanciar, a ordem é arrecadar mais.
— Engenhão é uma possibilidade sim, mas já que não terá Maracanã vamos analisar a logística do futebol e a parte financeira, que vai pesar — avisou Pracownick.
Ainda para aliviar os cofres, o clube aprovou a venda de 200 títulos de sócios-proprietários nos últimos dias e prometeu carimbar os recursos para finalizar o módulo profissional do Centro de Treinamento até ano que vem. A obra total é avaliada em R$ 30 milhões, portanto o que for arrecadado cobrirá parcialmente a obra. Os dirigentes já visitaram o Ninho do Urubu para dar o pontapé na pavimentação da área, em inércia há meses.
— O dinheiro vai ser carimbado para o CT, mas não vai ser suficiente. Ajudará a compor o montante — garante o vice de finanças, sobre o calo da atual gestão: o investimento no patrimônio do clube. A mansão de São Conrado, que já serviu de concentração, recebeu ofertas de permuta, mas o clube quer mais dinheiro para ajudar a fechar a conta de 2015, cada vez mais apertada.