Investigadores da Polícia Federal avaliam que a apuração do caso Abin é mais uma peça dentro da investigação dos atos antidemocráticos. Segundo o blog da Andréia Sadi apurou, o entendimento entre investigadores é que a atuação de Bolsonaro e aliados “ultrapassou a mera cogitação e atos preparatórios” e efetivamente “tentou” dar um golpe
Como parte da tentativa de efetivação do golpe, investigadores citam uma série de eventos como bloqueios em rodovias, acampamentos nos quartéis, financiamentos às manifestações, a bomba no aeroporto na véspera do Natal, tentativa de invasão da sede da PF em 12 de dezembro de 2022 e o monitoramento de autoridades – o caso Abin, revelado ontem.
Esses elementos, embora aparentemente investigados de forma separada, estão ligados e deverão aparecer costurados ao final dos trabalhos de investigação – expectativa é no primeiro semestre do ano que vem –, quando a PF deverá apontar quem foram os supostos mentores da tentativa de ruptura democrática.
Um fato que demonstra a conexão entre todos esses elementos, segundo pessoas a par das apurações, é o entendimento avalizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que as várias investigações devem ter um único relator, o ministro Alexandre de Moraes.