Para presidentes, novo estatuto da CBF pode dar mais voz aos clubes do interior
Por Matheus Caldas
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aprovou novo estatuto na última quinta-feira (24) e, para o presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), os clubes menores do país terão uma maior representatividade junto à entidade nacional (entenda aqui). Para alguns clubes do interior da Bahia, a mudança realmente será positiva. É o caso de Vitória da Conquista e Jacuipense. Para o presidente do Bode, a novidade será uma forma de dar voz às equipes de menor porte. “A gente já não tem nenhum acesso à CBF. Tudo é via federação. Desta renovação, se passa a ter uma penetração maior, a representatividade do clube e os interesses aumentarão. Teria que ter uma sintonia entre clubes e federação, para que possamos ser ouvidos, e tentar levar nossas necessidades à CBF. Isso é um avanço extraordinário”, avaliou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Pelo lado do Jacuipense, o mandatário Felipe Sales foi na mesma linha do Conquista. “Não aprofundei isso, mas, diante disso, acho que é benéfico. Como a FBF representa outros clubes, a gente passa a ter uma representatividade maior. Acho que isso pode ajudar os clubes menores”, pontuou. No entanto, para Sales, era preciso haver uma conversa com os clubes das Séries A e B para saber se essa mudança seria interessante. “Eu, particularmente, acho que deveria ter sido feita uma discussão mais ampla, principalmente com quem já tinha direito a votos. Mas acho que, dificilmente, seria algo favorável aos clubes, ainda mais porque veio da CBF”, opinou. Pelo lado do Fluminense de Feira, o vice-presidente de futebol, Luiz Paolilo Filho, preferiu ficar em cima do muro. “Pode ser bom ou ruim. É uma coisa que tem que ser analisada com calma. Iremos conversar pra ter um posicionamento. Temos que ouvir a diretoria inteira”, esquivou-se. Apesar de não ter um posicionamento, o dirigente tricolor externou a vontade de, futuramente, ter direito a voto direto em pleitos da CBF. Para isto, contudo, precisaria estar na Série B.
“O Fluminense quer ser grande. Queremos ter calendário. Tentaremos subir para a Série C, e quem sabe, uma Série B”, projetou. Com a alteração, as federações terão direito a 81 votos em eleições na CBF, enquanto os clubes terão 60 votos. (BN)