“Para vencer o crime organizado, ou trabalhamos juntos ou perdemos sozinhos”, afirma Andrei Rodrigues

Diretor-geral da Polícia Federal destaca cooperação internacional e acordos em negociação com a Itália em declarações feitas no Fórum Esfera, em Roma

Andrei Passos Rodrigues
Andrei Passos Rodrigues (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em sua fala no Fórum Esfera, em Roma, neste sábado, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou a importância crucial da cooperação internacional no combate ao crime organizado, especialmente diante da complexidade crescente das organizações criminosas transnacionais. “Para vencer o crime organizado, ou trabalhamos juntos ou perdemos sozinhos”, afirmou Rodrigues, enfatizando que a colaboração entre as forças policiais de diferentes países é indispensável para enfrentar as ameaças globais.

Rodrigues revelou que a Polícia Federal já está atuando em conjunto com a polícia europeia e de outros países, e que reuniões realizadas na Itália reforçaram esse compromisso. Ele também anunciou a expectativa de assinatura de um importante acordo entre Brasil e Itália durante a visita da primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, ao Brasil, durante a cúpula do G20 em novembro. “Esses acordos estão permitindo extradições importantes”, destacou o diretor-geral, celebrando os avanços no combate ao crime transnacional.

Outro marco significativo mencionado por Rodrigues foi a eleição de um brasileiro para a liderança da Interpol, a organização internacional de polícia criminal. “Pela primeira vez em 100 anos, um brasileiro irá comandar a Interpol”, afirmou, destacando a relevância desse fato para a posição do Brasil no cenário global de segurança.

A importância da cooperação internacional no combate ao crime organizado.

O crime organizado, em sua natureza transnacional, exige uma resposta igualmente global. As organizações criminosas modernas têm operações em várias partes do mundo, aproveitando-se das diferenças legais e da falta de cooperação entre países para se fortalecerem. Diante disso, a colaboração entre as forças policiais e judiciais de diferentes nações se tornou fundamental.

A cooperação internacional permite a troca de informações estratégicas em tempo real, a coordenação de investigações conjuntas e a execução de operações transfronteiriças. A extradição de criminosos, um dos pontos destacados por Andrei Rodrigues, é um exemplo prático de como acordos bilaterais ou multilaterais podem acelerar o processo de justiça, evitando que figuras importantes do crime organizado se escondam em jurisdições onde não podem ser processadas.

Além disso, o fortalecimento de redes como a Interpol, com um brasileiro em posição de liderança, reforça a capacidade de integração e de resposta coordenada a crimes globais. Essas ações conjuntas são essenciais não apenas para combater crimes como o tráfico de drogas e de armas, mas também para lidar com novas ameaças, como o cibercrime e o financiamento de atividades ilícitas por meio de criptomoedas.

A mensagem de Andrei Rodrigues no Fórum Esfera reafirma a importância de uma abordagem internacional integrada: “Ou trabalhamos juntos ou perdemos sozinhos”. A capacidade de vencer o crime organizado depende, em grande parte, da união de esforços entre as nações.

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