Paraíba “engoliu” Pernambuco 

Opinião

A governadora Raquel Lyra (PSDB) comemorou um crescimento tímido do PIB em 2,8%. O Estado só não ficou no rabo da gata entre os nove do Nordeste porque a Bahia e Alagoas não cresceram quase nada. A grande vedete nordestina, entretanto, é o Estado vizinho da Paraíba.

Saiu da 18ª posição em 2020 para a 10ª posição entre os estados do Brasil em 2021, registrando um aumento maior que a taxa de crescimento do Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Nordeste, apareceu em primeiro em 2024, com 4,8%.

Para 2024, segundo projeções do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, a projeção é que a Paraíba terá o maior crescimento do PIB entre todos os estados do País, com uma expansão de 4,7% na sua economia. Enquanto isso, três cidades do interior paraibano apresentaram o maior crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) no Estado: Cabaceiras (71,4%), Alhandra (70%) e Guarabira (68%).

O maior PIB paraibano está concentrado em João Pessoa (R$ 22,2 bilhões), seguido por Campina Grande (R$ 10,3 bilhões) e Alhandra (R$ 3,3 bilhões). Ainda figuram na lista dos cinco maiores PIBs as cidades de Cabedelo (R$ 3,1 bilhões), Santa Rita (R$ 2,6 bilhões) e Patos (R$ 1,9 bilhão). Segundo o IBGE, com uma representação de 28,7% no PIB da Paraíba (foi de 29,5% em 2020), a capital está entre as 14 do País com participação inferior aos 30% nos seus Estados.

A taxa de crescimento aumentou 9,9 pontos percentuais, taxa superior à da região Nordeste (4,3%) e a do Brasil (4,8%). A Paraíba gerou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 77,470 bilhões, após um incremento nominal de 7,178 bilhões, ou seja, de 10,2% em relação a 2022. Em relação ao PIB per capita, a Paraíba alcançou a marca de R$ 19.082 por habitante, representando um aumento nominal de 9,7%, um incremento de 6,8 pontos percentuais nos últimos dois anos.

Em relação aos setores econômicos, no valor adicionado bruto, os serviços representaram 80,4% seguindo como tradicionalmente o setor que possui maior peso na economia paraibana. Em seguida vem a indústria, que corresponde a 14,9%, e a agropecuária, com 4,7% da economia do Estado. Em termos de crescimento real, o setor da indústria foi o que mais avançou (9,6%), seguido do setor serviços (5,6%).

Planejamento estratégico – “Conseguimos manter um alto nível de crescimento, que atraiu investimentos, gerou emprego e renda para os paraibanos”, disse o governador João Azevedo, adiantando que a boa nova é resultado de um forte planejamento estratégico do governo, “pensado com base e evidências, que impactam diretamente no PIB e avaliam a atividade econômica, nos dando a possibilidade de um crescimento ainda maior”, acrescentou. Já o superintendente do IBGE, Roberto Salgado, disse que o PIB é um dos principais indicadores econômicos de um Estado, cuja divulgação nacional se dá pela publicação do Sistema de Contas Regionais.

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