Paralisação dos vigilantes afeta funcionamento de agências bancárias
Os vigilantes das agências bancárias de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, cruzam os braços nesta sexta-feira (07). De acordo com a Lei 7.102, os bancos não podem funcionar sem a presença de seguranças devidamente fardados e armados. Mas segundo Sindicato dos Bancários, não é bem isso que está acontecendo. Apesar das agências não estarem atendendo o grande público, os estabelecimentos continuam funcionando e realizando transações bancárias, colocando em risco a vida dos trabalhadores e dos próprios clientes.
A paralisação dos vigilantes é mais um ato da categoria para reinvidicar melhores condições de trabalho na Região Metropolitana do Recife. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Cassiano Souza, a ação foi determinada em assembléia e será realizada cada dia em uma região da RMR. “Ontem não trabalhamos nas agências de Ipojuca. Até que uma reunião seja marcada para negociar melhores condições de trabalho, continuaremos realizando atos de protesto.Caso não haja acordo, podemos até decretar greve.”
A categoria quer melhores condições de trabalho. Entre as exigências estão: reajuste salarial de 20%, aumento do vale alimentação de R$ 12 para R$ 20, redução da carga horária de 191 horas para 180 e manutenção das garantias estabelecidas em 2013. “Os bancos ofereceram um reajuste de apenas 5% e não vamos aceitar isso. Só voltamos as negociações quando houver uma proposta descente”, declarou Cassiano.
Por sua vez, o Sindicato dos Bancários vai denunciar a Polícia Federal a situação irregular em que se encontra os bancos. Os funcionários continuam trabalhando nos estabecimentos, apesar de ser proibido por lei a abertura das agências sem a presença de vigilantes.”Vamos levar a PF um ofício relatando a situação. Os bancários estão sendo obrigados a trabalhar e as agências continuam recebendo clientes. Esta situação está colocando a vida de muita gente em risco, não apenas as dos funcionários, mas também a dos clientes”, declarou O secretário do sindicato, João Rufino. (JC Online)