Sílvio Costa criticou a decisão do presidente da Câmara de permitir a construção de um anexo em parceria com a iniciativa privada
Sob a presidência de Eduardo Cunha, a Câmara Federal tem feito coisas positivas como o destravamento de projetos de lei que dormiam nos seus armários havia anos. Ele, realmente, botou a Casa para trabalhar, especialmente de terça a quinta, embora não tenha ainda encontrado uma fórmula para garantir a presença dos parlamentares em plenário às segundas e sextas. Nada obstante, tem cometido também muitos pecados, sendo o pior deles o autoritarismo com que comanda os seus destinos. Na última quarta-feira, por exemplo, o presidente permitiu que fosse inserido no texto de uma Medida Provisória um dispositivo que autoriza o Congresso a celebrar parcerias público-privadas, com uma finalidade específica: construir um novo anexo, onde funcionaria também um shopping center. “Seremos o primeiro parlamento privatizado do mundo”, bradou o deputado Sílvio Costa, que já denominou o monstrengo de “parlashopping”.